Futurismo
Os amantes de conteúdo futurístico, receberam uma história bastante interessante da Universidade McGill. O caso é ainda mais enigmático por não se tratar de ficção e sim de algo que ocorreu recentemente. Acompanhe os fatos que seguem na matéria. 😀
Noite com Sinais
Em uma noite de atividades corriqueiras no comando do radiotelescópio da universidade (maior e mais potente já construído no mundo), o estudante PhD, Paul Scholz, percebeu um som anormal ecoar nos computadores e descobriu que se tratava de um evento raro do mundo da ciência: as FRB ou Fast Radio Burts (Explosões Rápidas de Rádio).
Estes raros eventos se caracterizam por serem fenômenos astrofísicos, como pulsos extremamente pequenos, e é este o motivo de sua baixa percepção, pois se trata de um evento rápido, quando comparado com uma onda de rádio comum (que duram em torno de 1 semana desde seu inicio até o fim). Dessa forma, é muito difícil se localizar diretamente o local onde ocorreu a explosão e assim começar a capitação mais detalhada da mesma, com equipamentos tecnológicos atuais.
As FRBs são de grande importância para os cientistas pois através delas podem aprimorar seus estudos sobre a energia escura (dark matters) que atualmente tem seu estudo pouco embasado em provas sólidas. O relevância de estudar o assunto está na presença da matéria escura em nosso universo, que corresponde a cerca de 73% de toda sua área.
O evento ocorrido com Scholz fez com que cientistas de várias localidades passassem a armazenar todos os possíveis registros de FRBs que pudessem detectar. Com uma base de dados agora mais robusta, foi possível tirar algumas conclusões sobre a origens dessas ondas de radio. Notou-se que são geradas por eventos considerados de porte cataclísmicos, tal como uma explosão de estrela, o colapso de uma estrela de nêutrons em um buraco negro, etc.
Outras teorias também foram relatadas, como a de que a natureza das FRBs, poderia ter “origem em um objeto altamente magnetizado, muito além das bordas da Via Láctea, uma vez que elas possuem brilho e espectro muito diferente de outras explosões já registradas“, conforme explica Laura Spitler, membro do Instituto de Radioastronomia de Max Planck, em Bonn, Alemanha.
Como nem todos estão convencidos do que aconteceu e foi registrado por Scholz, chegou-se a um consenso de que é necessário agora um radiotelescópio mais poderoso, que traga informações mais precisas e detalhadas. Um dos candidatos visto com potencial para suprir as carências atuais é o CHIME (Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment), pois sua estrutura possui com refletores em formato meio-cilíndrico (semelhantes a um cilindro cortado ao meio), abrange uma maior variedade de capturas à longo foco.
Segundo Jason Hessels, professor do Instituto Holandes para Radio Astronomia, o design considerado inovador permite a detecção de várias ondas de radio por dia, dando a possibilidade real de produzir um mapa de estrutura cósmica. Através dele, é possível observar se há uma galáxia a bilhões de kms de distancia da Terra, por exemplo.
A busca pela origem dessas ondas de rádio raras é fundamental para se descobrir mais sobre a origem do nosso universo, especialmente no período que está sendo chamado de “adolescência cósmica”. Mais do que simplesmente desvendar mais um dos mistérios do nosso universo, o estudo das FRBs alimentará ainda mais a nosso insaciável busca pelo conhecimento.
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