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EUA e aliados acusam China pelos ciberataques a servidores Microsoft Exchange

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Governo norte-americano atribui formalmente à China o ataque de hackers ao sistema da Microsoft. Países aliados apoiam a investigação detalhada

Em comunicado oficial da Casa Branca, o governo dos Estados Unidos acusou a China de financiar hackers para programar os recentes ciberataques a servidores Microsoft Exchange, que expuseram pelo menos dados de 30 mil instituições do país. A princípio, o grupo chamado Hafnium é tido como responsável pelo acontecimento e as autoridades norte-americanas acreditam fortemente que o crime foi comandado por mandantes do Oriente.

O Microsoft Exchange é um sistema de e-mails corporativos muito utilizado pelas empresas para realizar seus trabalhos. A exposição aos ciberataques fez com que diversos conteúdos fossem tomados pelos hackers, o que fragilizou completamente a segurança das companhias. Os ciberataques em questão se tornaram do conhecimento dos Estados Unidos há pelo menos quatro meses. A Microsoft havia se posicionado e atribuiu o acontecido ao grupo Hafnium.

Após investigação dos EUA, o País parece ter chegado à conclusão de que a China é a culpada do caso. “O MSS, Ministério da Segurança do Estado (da China), usa hackers criminosos para conduzir operações cibernéticas não sancionadas em todo mundo, inclusive para seu próprio lucro pessoal”, afirma o secretário Antony Blinken em anúncio público. O representante da Casa Branca disse ainda que, com o auxílio dos seus aliados, foi possível identificar a ação como uma espécie de operação de espionagem que não só expôs milhares de empresas, como também incapacitou e comprometeu a integridade de seus computadores e redes. Antony conta que a maioria das afetadas são do setor privado.

“Esses hackers contratados custam bilhões de dólares a governos e empresas em propriedade intelectual roubada, pagamentos de resgate e mitigação de esforços de segurança cibernética, enquanto o MSS os tinha em sua folha de pagamento.” 

Antony Blinken, secretário da Casa Branca, ao apontar a China como um Estado irresponsável e atribuí-la os ciberataques à Microsoft Exchange.

Resposta dos aliados dos EUA

Eua e aliados acusam china pelos ciberataques a servidores microsoft exchange
Reino Unido e outros governos ao redor do mundo apoiam as ações dos EUA contra a China em caso de segurança cibernética. (Imagem: Getty Images/Reprodução)

Segundo a Bloomberg, além dos EUA, o Reino Unido, a União Europeia, a OTAN, o Japão, a Nova Zelândia, a Austrália e o Canadá se posicionaram contra a República da China neste ciberataque de alta escala. A União Europeia afirmou que os crimes estão associados a outras entidades de hackers, como os intitulados Advanced Persistent Threat 31 e Advanced Persistent Threat 40 – nomenclaturas dadas para identificação de rastreamento – e os repudiam.

O Centro de Nacional de Segurança Cibernética (NCSC), do Reino Unido, por sua vez, apontou que o APT 40 tinha como alvos as indústrias marítimas dos EUA e da Europa, enquanto o APT 30 focava em organizações governamentais. O governo inglês diz estar trabalhando ativamente para a investigação em busca dos responsáveis.

A China nega a autoria dos ciberataques. De acordo com a Associated Press, o país negou sua participação no crime contra a segurança da Microsoft e que se opõe contra qualquer atividade do tipo. Ainda reiterou que as acusações não devem ser feitas sem evidências concretas.

Os EUA e aliados ainda não anunciaram nenhuma sanção contra a China, mas a declaração do governo norte-americano em especial deixa bem claro que o clima entre as duas nações não será de paz. O Departamento de Justiça dos EUA, no entanto, publicou oficialmente uma acusação criminal contra quatro hackers da MSS, já de conhecimento do governo norte-americano, sob a justificativa de “campanha de vários anos visando governos e entidades estrangeiras em setores-chave”. Os próximos passos do embate entre EUA e China devem ser de tensão.

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Acesse outras notícias sobre o meio corporativo no Showmetech, como a declaração recente do presidente norte-americano Joe Biden que acusa as redes sociais pelo aumento do número de infectados por COVID-19 no país, além do crescimento do movimento antivacina.

Fontes: The Verge | CNBC | Ars Technica | Associated Press


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