Índice
- Comparadores de preço
- Smartphones
- Pagamentos pela internet
- Assistente pessoal
- Câmeras conectadas
- Redes sociais
- Ofertas proativas
- Interatividade em eventos esportivos
- Publicidade hipersegmentada
- Experiência de segunda tela
- Fóruns online
- Grupos de interesse online
- Gerenciador de equipes e projetos
- Redes sociais para empregos
- Serviços online
Para ser bem-sucedido como é Bill Gates é preciso ser não só ser bom nos negócios, mas também ter uma boa dose de sagacidade na futurologia. O fundador da Microsoft, filantropista e homem mais rico do mundo não é tão reconhecido por ser visionário como Steve Jobs. No entanto, hoje ele prova que merece a alcunha de vidente da tecnologia. Em 1999, Gates escreveu o livro A Empresa na Velocidade do Pensamento (Business @ the Speed of Thought), no qual elenca 15 coisas que companhias do mundo todo estariam fazendo no futuro. O quanto será que o tio Bill acertou? Confira suas previsões uma por uma e descubra.
Comparadores de preço
O que ele falou:
Serão desenvolvidos serviços automatizados de comparação de preços, permitindo que as pessoas vejam preços em vários sites, tornando mais fácil encontrar o produto mais barato para todas as indústrias.
Nessa ele acertou em cheio logo de cara. No mesmo ano de publicação do livro, mais especificamente em junho de 1999, o comparador de preços Buscapé foi fundado. Hoje há muitos outros no mundo e também no Brasil, como o Zoom.
Smartphones
O que ele falou:
As pessoas vão transportar dispositivos pequenos que lhes permitam manter contato constante e fazer negócios eletrônicos de onde quer que estejam. Poderão verificar as notícias, ver os voos que reservaram, obter informações dos mercados financeiros e fazer qualquer outra coisa sobre esses dispositivos.
Nessa ele basicamente previu os smartphones, embora a Microsoft tenha falhado miseravelmente nesse setor. No começo dos anos 2000, o Windows Mobile tinha um parte considerável de fatia do mercado liderada com folga pela Blackberry. Mas foi só em 2007, com a chegada do iPhone, que o celular que conhecemos hoje se tornou realidade.
Pagamentos pela internet
O que ele falou:
As pessoas vão pagar suas contas, cuidar de suas finanças e se comunicar com seus médicos pela internet.
Finanças e contas já são duas atividades amplamente presentes na internet e em aplicativos móveis – como o WhatsApp? -, inclusive para investimento na bolsa. Dessas três previsões, só a comunicação com médicos ainda não vingou, apesar da existência de serviços médicos no estilo do Uber já presentes no Brasil.
Assistente pessoal
O que ele falou:
Serão desenvolvidos ‘companheiros pessoais’. Eles vão se conectar e sincronizar todos os seus dispositivos de forma inteligente, seja eles em casa ou no escritório, e permitir que eles troquem dados. O dispositivo verificará seu email ou notificações e apresentará as informações que você precisa. Quando você vai à loja, você pode dizer quais receitas você deseja preparar e gerará uma lista de ingredientes que você precisará pegar. Ele informará todos os dispositivos que você usa de suas compras e horários, permitindo que eles se ajustem automaticamente ao que você está fazendo.
Assistentes inteligentes ainda estão engatinhando, mas, aos poucos, começam a chegar na casa das pessoas. A Amazon com o Echo e a Alexa é a líder desse segmento nos EUA. O mercado ainda tem o Google Home e o Apple HomePod, que rodam Google Assistant e Siri.
Câmeras conectadas
O que ele falou:
Os feeds de vídeo constantes de sua casa vão se tornar comuns, o que informará quando alguém visitar enquanto você não estiver em casa.
Câmeras conectadas, as chamadas IP Cams, não só são realidade como já causam imensa dor de cabeça em gerentes de TI de grandes empresas. A falta de segurança desses dispositivos é comumente explorada por hackers, que usam os aparelhos como zumbis de botnets para realizar ataques DDoS no mundo.
Redes sociais
O que ele falou:
Os sites privados para seus amigos e familiares serão comuns, permitindo que você converse e planeje eventos.
Hoje pode parecer óbvio, mas em uma época que só existia o MySpace, Bill Gates previu algo mais parecido com mídias como Facebook, Twitter, WhatsApp, Telegram e Instagram.
Ofertas proativas
O que ele falou:
Um software que sabe quando você reservou uma viagem e usa essa informação para sugerir atividades no destino local. Sugere atividades, descontos, ofertas e preços mais baratos para todas as coisas em que você deseja participar.
Vários serviços oferecem essas funções de forma separada atualmente. O Gmail sabe sobre suas viagens e organiza tudo em um card no Inbox; o Booking reúne várias ofertas de locais para visitar após fazer uma reserva.
Interatividade em eventos esportivos
O que ele falou:
Ao assistir a uma competição esportiva na televisão, os serviços irão permitir que você discuta o que está acontecendo ao vivo e entre no concurso onde você vota sobre quem você acha que vai ganhar.
TVs são ruins em interatividade. Mas, aplicativos como OneFootball e Sporting Bet fazem as vezes de local de discussão e apostas sobre jogos de vários esportes.
Publicidade hipersegmentada
O que ele falou:
Os dispositivos terão publicidade inteligente. Eles conhecerão suas tendências de compras e exibirão propagandas adaptadas às suas preferências.
Bill Gates previu os cookies de internet e toda a tecnologia por trás da hipersegmentação de publicidade praticada por Amazon e praticamente todo comércio online.
Experiência de segunda tela
O que ele falou:
A transmissão de televisão incluirá links para sites e conteúdos relevantes que complementam o que você está assistindo.
Comerciais de TV e transmissões televisivas em geral ainda não encontraram um modelo unificado e eficiente de experiência de segunda tela, mas há vária tentativas. Ora sugerem apps para instalar, sites acessar ou redes sociais como Twitter para enviar mensagens e complementar o programa assistido.
Fóruns online
O que ele falou:
Os residentes de cidades e países poderão ter discussões baseadas na internet sobre questões que as afetam, como políticas locais, planejamento urbano ou segurança.
Fóruns online já existiam em 1999. Dessa vez, Bill Gates previu o tipo de conteúdo que seria discutido ali. Hoje em dia os fóruns estão mais vivos do que nunca no Reddit e demais plataformas, até no Facebook. Os temas é que nem sempre são esses previstos pelo fundador da Microsoft.
Grupos de interesse online
O que ele falou:
As comunidades online não serão influenciadas pela sua localização, mas sim pelo seu interesse.
Algo que também já começava a ocorrer no fim do século XX, os grupos online formados por pessoas com o mesmo interesse só se intensificou com a web 2.0 e com os smartphones. Grupos de fãs, adoradores de uma banda ou série, entre milhares de outros temas, são formados todo o tempo com gente de qualquer lugar do globo – basta conexão ativa.
Gerenciador de equipes e projetos
O que ele falou:
Os gerentes de projetos que procuram juntar uma equipe poderão entrar em linha, descrever o projeto e receber recomendações para as pessoas disponíveis que atendam aos seus requisitos.
Recentemente houve uma avalanche de plataformas online para gerenciar equipes e projetos. Entre as mais conhecidas estão o Slack, o Trello, o Asana e o Flock.
Redes sociais para empregos
O que ele falou:
Da mesma forma, as pessoas que procuram trabalho poderão encontrar oportunidades de emprego online declarando seu interesse, necessidades e habilidades especializadas.
Hoje existem vários sites que reúnem currículos e recrutadores online para facilitar a procura de emprego, como a Catho. E ainda há redes sociais como o LinkedIn, que promove interação entre colegas de trabalho e possíveis empregadores. Curiosamente, hoje a Microsoft é dona da plataforma.
Serviços online
O que ele falou:
As empresas poderão oferecer ofertas de emprego, quer procurem um projeto de construção, uma produção de filmes ou uma campanha publicitária. Isso será eficiente para as grandes empresas que querem terceirizar o trabalho que eles geralmente não enfrentam, as empresas que procuram novos clientes e as empresas que não têm um provedor de acesso para o referido serviço.
A economia da internet prevista por Bill Gates é a mesma que deu origem a serviços como Uber, AirBnB e vários outros que seguem um modelo de negócios parecido. Aos poucos, praticamente todos os tipos de negócios se movem para o ambiente virtual para alcançar mais gente. Com isso, fazem do futuro um mundo bem parecido com o que o homem mais rico do mundo imaginou há 18 anos.