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Uma patente da Microsoft registrada em 2017 foi aprovada somente em dezembro de 2020. Nela, a empresa explora uma nova forma de chatbots, onde as IAs (inteligências artificiais) iriam se passar por pessoas reais — sejam elas vivas ou até mesmo falecidas, começando a levantar a possibilidade de trazer pessoas de volta a vida digitalmente.
O próximo passo dos chatbots
Os chatbots conhecidos do público geralmente são construídos a partir de treinos com conjuntos de dados de várias conversas com vários usuários, e a IA por trás do software começa a criar personalidade própria. A patente da Microsoft aprovada em dezembro vai para um outro lado, fazendo com que a IA pegue imagens, dados de voz, posts em redes sociais e e-mails para criar a personalidade do chatbot.
Segundo a patente, com esses dados o chatbot da Microsoft pode chegar ao ponto de até mesmo soar como a pessoa cujos dados foram coletados. Ainda de acordo com a patente, todos os dados coletados servem para ir criando a personalidade igual da pessoa que era a fonte dos dados, a partir de interpretação das informações contidas no conteúdo entregue ao bot. Ainda, a patente diz que modelos 2D/3D de pessoas podem ser criados a partir de imagens e vídeos simples onde essa pessoa aparece.
A moralidade do chatbot da Microsoft e a privacidade das pessoas
Na patente aprovada, não existem exigências ou limitações para quais pessoas o chatbot da Microsoft irá simular. Na descrição da patente, está escrito que a pessoa que o chatbot irá representar pode corresponder a personalidades do passado, amigos, parentes, celebridades, personagens fictícios, figuras históricas ou qualquer outra pessoa, inclusive a própria pessoa que treinou o chatbot, criando uma espécie de gêmeo virtual.
O chatbot também pode procurar outras fontes caso o que foi apresentando a ele não apresentar informações o suficiente para que ele lide com certas questões, podendo ocasionar que a IA responda de uma forma que a pessoa que ela está simulando jamais faria. Questões como essas e o fato de a IA poder simular alguém morto vão gerando questionamentos quanto a real moralidade do chatbot da Microsoft, mas para ver o impacto real teríamos que esperar o lançamento da tecnologia, já que a patente detalha o funcionamento tecnológico e nada sobre questões de privacidade e afins. Questões como se será fácil sair do sistema, necessidade de permissões da família de pessoas falecidas para o uso na tecnologia ainda estão no ar, e as respostas são parte importante da possível recepção do novo chatbot da Microsoft.
Os chatbots, por sinal, andam sendo usados bastante, como o caso do chatbot da UnB criado para identificar Fake News.
Fontes: Forbes, Techrepublic, Entrepreneur
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