Desde que Steve Ballmer anunciou a aposentadoria (forçada), o conselho administrativo da Microsoft, que inclui o co-fundador e ex-CEO Bill Gates, iniciou a procura por um executivo que possa assumir a dantesca tarefa de transformar a companhia de uma fabricante de software numa empresa de serviços e dispositivos, como a Apple.
Após o anúncio da compra da divisão de aparelhos móveis da Nokia na semana passada, praticamente todas as apostas estão em Stephen Elop, ex-executivo da Microsoft e ex-CEO da Nokia. Porém, um grupo de grandes acionistas da empresa pretende propor uma alternativa: o atual CEO da Ford Motor Company, Alan Mulally.
Mulally (68) é considerado o mentor da recuperação da Ford por conta das mudanças que promoveu na cultura da pioneira montadora americana, a reinvenção da antiga marca Taurus, que havia sido aposentada após perder mercado para modelos japoneses da Honda e da Toyota – uma experiência que poderia ser útil à marca Windows – e a venda da Jaguar e Land Rover para a indiana Tata Motors com o objetivo de aumentar o caixa e manter o foco da fabricante.
Alan Mulally também trouxe a lucratividade de volta à companhia: durante a fase mais aguda da crise econômica iniciada em 2008, a Ford foi a única montadora que não precisou da interferência do governo dos EUA para manter as portas abertas.
Inspirado pela campanha promovida pelo presidente John Kennedy, Alan Mulally formou-se engenheiro espacial e fez carreira na fabricante de aviões Boeing. Em 2009, foi eleito uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista TIME e o perfil dele foi escrito justamente por Steve Ballmer.
O CEO da Microsoft escreveu na época que “a Ford tem muita sorte de ter um homem com estas qualidades no comando”. As duas gigantes são parceiras no desenvolvimento da tecnologia SYNC, sistema para automóveis que permite executar funções como atender chamadas telefônicas e controlar a reprodução de música por comandos de voz.
O conselho da montadora já acenou que permitiria que Mulally deixasse o cargo de CEO a partir de 2014, mas o próprio afirma estar 100% focado em suas atividades na fabricante de automóveis.
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