O streamer e influenciador Rafael Lange, conhecido como Cellbit, processou formalmente 217 contas do X, antigo Twitter, pedindo a remoção de 271 posts desses usuários. A motivação se deu após os donos dessas contas publicarem conteúdos de ódio contra o streamer, que se pronunciou após ser acusado pela ex-namorada de assédio sexual. A remoção dos posts foi determinada após a quebra de sigilo do caso.
Em sua conta do Twitter, Cellbit postou um documento com 19 páginas relatando a convivência amorosa com sua ex-namorada Flávia Eloisa Gato — também conhecida como Sayuri. A repercussão foi tamanha que fez o influenciador tomar a decisão pelo processo judicial. No documento divulgado, Cellbit nega veementemente as acusações de Sayuri, que ressurgiram com intensidade após ele ser indicado ao prêmio internacional The Streamers Awards.
Pronunciamento de Cellbit contra Flávia Gato
Em seu pronunciamento, Cellbit afirma que se manteve calado por sete anos desde o término, desabafando por meio de um relato denso e detalhando o drama que viveu, além de rebater as acusações de Sayuri. O casal se relacionou por dois anos.
Cellbit aponta que Flávia Sayuri era manipuladora e tinha comportamentos típicos de uma mitomaníaca — transtorno psicológico que faz com que o portador seja um mentiroso compulsivo. Ele relata que mesmo após o término ocorrido em 2017, Sayuri continuava agindo para prejudicar sua vida. O streamer acrescenta que já foi traído e que, durante os anos que se seguiram, buscou não rebater as acusações de Flávia para não expor seu relacionamento pessoal.
No documento divulgado, estão inseridas diversas capturas de tela de conversas no WhatsApp, na tentativa de corroborar os argumentos dados pelo streamer, que se considera assexual e nunca teria apresentado comportamento violento contra a ex.
Cellbit ainda afirma no texto que sua orientação sexual afetou drasticamente o seu namoro. Ele relevou que foi forçado a ter relações sexuais contra a sua vontade, e que Sayuri não aceitava sua sexualidade, anulando-o.
O streamer citou o fato de ter sofrido abuso aos nove anos de idade e comenta que a ex não teve consideração pelo trauma sofrido na infância — tema delicado e que, segundo ele, foi citado nas acusações por parte dela. “Fui abusado sexualmente quando tinha 9 anos pela minha vizinha quando eu morava no interior, e ela sabe disso. Essa é uma história que eu evitava ao máximo expor, nunca tive coragem de sequer contar isso para minha mãe. Foi algo que me deixou traumas gigantescos e que ainda é muito difícil de falar sobre”.
Processos de contas no Twitter
O processo iniciado pelo streamer surgiu após postagens ofensivas de usuários do Twitter acusarem Cellbit de espancar Sayuri, de tê-la mantido sob cárcere e até pedofilia.
João de Senzi, advogado que atua em defesa de influenciadores e youtubers, divulgou a lista com os links das contas processadas pelo streamer. Ele também publicou um vídeo em seu canal do YouTube falando sobre o aspecto jurídico do caso. Essa divulgação foi possível após a quebra de sigilo do processo, por meio de determinação do juiz que trata o caso. O processo movido por Cellbit é por danos morais.
No Brasil, o crime de difamação é definido pelo ato de prejudicar o crédito de alguém, consistindo em imputar fatos ofensivos à vítima e atacar sua honra. É passível de pena de detenção, de 3 meses a um ano, e multa.
Quem é Cellbit?
Rafael Lange Severino, o Cellbit, nasceu em Carazinho, no Rio Grande do Sul, no dia 11 de fevereiro de 1997. Ele possui dois irmãos e começou desde cedo a se afeiçoar com o mundo dos jogos. Aos nove anos, começou a jogar games com seu irmão mais velho, Henrique, que o apresentou o site Notpron, com puzzles de solução de enigmas. Jogando por diversão, os meninos conseguiram chegar até o nível 139 dos 140 disponíveis nos desafios do site.
Em 2012, o início da carreira do jovem gamer começou a repercutir. Cellbit produzia gameplays jogando games famosos como Minecraft e Portal 2. Com o passar do tempo, o produtor de conteúdo na web foi diversificando seus vídeos, publicando gameplays diversas. Em 2017, chegou a atuar como ator no longa Internet – O Filme.
Atualmente, o streamer é produtor de conteúdo para a plataforma Twitch e até mesmo lançou seu próprio RPG, o Ordem Paranormal RPG.
Somando suas contas nas redes sociais, o streamer possui mais de 12 milhões de seguidores.
Fonte: Band, Ric.com, Twitter.
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