CAVALEIRO DA LUA: Crítica, referências e easter-eggs no episódio 4

O quarto episódio de Cavaleiro da Lua (Moon Knight) estreou na última quarta-feira (20) no Disney+ e para minha felicidade e de muitas outras pessoas, esse foi um ótimo episódio. Chamado “A Tumba”, ele consegue trazer um pouco da temática “aterrorizante” do começo da série e ainda consegue ir longe quando o assunto é loucura.

O irônico desse episódio é que nele não tivemos nada do personagem como Cavaleiro da Lua, apenas Marc e Steven — e talvez Jake Lockley —, corroborando a ideia de que Oscar Isaac interpretando esses personagens carrega a série nas costas.

Sem Cavaleiro da Lua, mais Marc e Steven

Esse episódio foi totalmente focado na ideia da Tumba de Ammit, continuando a aventura de Marc e Layla por lá. Essa exploração rende à série o seu melhor episódio até agora por resgatar a temática mais sombria, mesmo sem deixar de evoluir seus principais personagens: Marc, Steven e Layla.

Felizmente, Arthur Harrow também não tem tanto destaque nesse episódio e, quando apareceu, foi em momentos pontuais, o suficiente para ser um vilão, mas não para me irritar tanto quanto em episódios passados.

Esse episódio é focado completamente nas personalidades de Marc e não temos o Cavaleiro, visto que Konshu foi preso no episódio passado e logo no início desse, já temos uma cena mostrando o avatar de Osíris guardando a estátua de Konshu com mais 8 estátuas de outros deuses presos.

O Faraó saiu da Tumba, Tumba…

Parafraseando o clássico contemporâneo de Mc Bin Laden, sim, o Faraó de fato sai da tumba nesse episódio. No meio de toda a exploração de Steven e Layla, Steven acaba descobrindo que o último avatar de Ammit foi ninguém menos que Alexandre, o Grande.

Como devem saber, Alexandre ganhou o nome de “Grande” não por acaso, já que em apenas 12 anos conquistou o império da Persa, Síria e o Egito. 

Nessa busca pela tumba, Steven e Layla são jogados para um dos momentos mais tensos de toda a série. Uma espécie de zumbi ou múmia surge em uma das salas da tumba, levando os dois a tomarem caminhos diferentes no momento do susto.

Essa separação traz a presença de Arthur Harrow (Ethan Hawke) novamente para atormentar Layla, que a questiona sobre os detalhes da morte de seu pai, o que mais tarde no episódio se torna algo bastante relevante com Marc.

Steven e Layla 

Outra coisa que pôde ser explorada no episódio foi a interação Steven e Layla. Desde o começo da série pudemos ver como Steven adorou conhecer ela e como eles são parecidos em diversos aspectos. 

Nesse quarto episódio, no entanto, Steven tomou atitude e, além de beijar Layla, encheu Marc de ciúme. Embora seja um tanto quanto estranho que ele tenha “traído” sua outra personalidade, é interessante ver as diferenças e como cada um se preocupa com Layla.

Brincando com o psicológico de Marc

Nos minutos finais do episódio, somos jogados a uma clínica, aparentemente para cuidar das pessoas consideradas malucas. Esse momento, além de trazer questionamentos sobre tudo o que assistimos até ali, conversa muito bem com o transtorno de Marc e deixa o espectador confuso se aquilo é real ou se o que aconteceu até agora seria apenas algo de sua mente.

Essa viagem pelo psicológico de Marc escancara a loucura que, para mim, é o ponto mais interessante do personagem, nos dá mais pistas sobre a aguardada próxima personalidade de Marc, Jake Lockley, e ainda traz uma participação especial de outra deusa na série.

Easter eggs e referências

Como sempre, cada episódio novo traz também alguns easter-eggs e referências legais, que servem tanto para ajudar a entender o passado de alguns personagens como também para imaginar o que pode acontecer com outros. E ah, é importante avisar que esses easter-eggs vão conter SPOILERS desse e de outros episódios, então já fica o alerta.

Layla e sua relação com os escaravelhos

Logo depois da introdução do episódio, voltamos exatamente onde o episódio anterior acabou com Layla e Marc. Nessa cena também temos um certo destaque para um besouro em tela. Pode não significar nada, mas se considerarmos que a relação de Layla e o escaravelho até agora tem sido bem importante na série, podemos esperar alguma revelação importante no futuro.

Ainda sobre Layla e o Escaravelho, no final do episódio, temos uma cena onde em seu dedo temos um desenho de um escravelho vermelho, o que conecta com um personagem dos quadrinhos chamado Escaravelho Escarlate (Abdul Faoul)

O sobrenome de Layla é El-Faouly e até o momento não vimos a cara de seu pai, mas sabemos também da sua ligação com os escaravelhos. O jeito é aguardar mesmo.

As cabras estão de volta

No segundo episódio da série, na cena onde Marc vai conhecer o culto de Arthur Harrow em relação a Ammit, temos um barulho super aleatório de uma cabra. Nesse último episódio tivemos algo um pouco mais específico, com uma aparição bem direta de uma cabra.

Sabemos que no conhecimento popular, as cabras são usadas como uma metáfora para o “coisa ruim”, mas se considerarmos a mitologia Egípcia, pode ser algo relacionado com o deus Khnum (ou Quenúbis), o deus conhecido como modelador.

“A Tumba” completou a história do passado de Marc e Layla

Se nos outros episódios tínhamos algumas pistas sobre o passado envolvido por trevas de Marc Spector, no episódio 4 tivemos algumas novas revelações que conectam a história de Marc e Layla aos quadrinhos.

No material original, Layla é representada por outra personagem, chamada Marlene, mas com a mesma origem. O seu pai era um arqueólogo à moda Indiana Jones que acabou morrendo nas mãos de mercenários com Marc Spector.

Foi nesse mesmo momento que Marc teria morrido se Khonshu não tivesse aparecido e o transformado em seu avatar. A série adaptou isso de uma forma bastante interessante e até onde pudemos ver, Marc viu o pai de Layla morrer, mas não conseguiu fazer nada, sendo esse o motivo da aproximação dos dois.

Alexandre, o Grande e Zeus (e talvez Kang???)

Como citei antes, descobrimos com Steven que a tumba de Ammit pertence a Alexandre, o Grande. Mesmo que você não seja um bom conhecedor de história, você já deve ter ouvido sobre esse cara e bom, ele também tem uma grande importância no cânon da Marvel.

Ele não é conhecido por ser humilde e, além disso, se autoproclamava como filho de Zeus, o que pode fazer uma ponte interessante com Thor: Amor e Trovão (Thor: Love & Thunder), já que Russel Crowe dará vida ao deus grego nesse universo.

E por último, mas ainda muito importante, os restos de Alexandre, o Grande podem também se conectar com Kang o Conquistador, o vilão que surgiu em Loki. É apenas uma teoria, mas durante as suas origens nos quadrinhos, Kang usou Alexandre como inspiração para conquistar os mais diversos mundos por aí.

Veja também:

Viu algum easter-egg que não comentamos aqui? Escreva aqui embaixo! E não deixe de conferir a nossa crítica do episódio passado.

Fonte: ScreenRant