A Embraer, fabricante brasileira de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares, peças aeroespaciais, serviços e suporte na área, espera que a utilização de seus carros voadores deve movimentar pelo menos 12,7 milhões de passageiros por ano, até 2035. As primeiras cidades que receberão os “Vertiportos”, nomes dados às pistas de pouso e decolagem desses veículos, serão Rio de Janeiro e São Paulo. Entenda:
Carros voadores em breve no Brasil!
Trata-se de um investimento feito pela EVE, uma subsidiária da Embraer responsável pelo desenvolvimento do eVTOL. A sigla refere-se ao termo em inglês para “Electric Vertical Takeoff and Landing vehicle”, ou “veículo elétrico de pouso de decolagem vertical”, em tradução livre), está programada para entrar em operação comercial na cidade de São Paulo em três anos, já a partir de 2026.
Nesta quinta-feira (9), a EVE divulgou os dados em conjunto com uma colaboração entre a empresa e a DHL Supply Chain, especializada em logística, visando estruturar a cadeia de fornecimento de componentes da aeronave. A produção da aeronave ocorrerá na cidade de Taubaté, que fica no estado de São Paulo. As estimativas abrangem tanto a quantidade de eVTOLs quanto de Vertiportos, os quais são os pontos de partida e chegada designados especificamente para os eVTOLs. A gestão das operações dessas aeronaves e das instalações será realizada por meio de parceiras comerciais.
A EVE anunciou ter recebido cartas de intenção para um total de 2.850 eVTOLs, estimando um custo aproximado de US$ 3 milhões (R$ 15 milhões) por veículo. A empresa também divulgou que está atualmente em processo de montagem do protótipo em escala real, com previsão para o primeiro voo de teste ocorrer em 2024. Os líderes da filial da Embraer argumentam que a viabilidade da implementação de um carro voador requer uma revisão das regulamentações vigentes, que atualmente se concentram principalmente em helicópteros.
Tanto a EVE quanto a empresa de táxi aéreo Helisul terão a oportunidade de propor alterações na cidade do Rio de Janeiro. Ambas foram escolhidas para participar do programa Sandbox.Rio, permitindo que as empresas lancem serviços experimentalmente com um processo simplificado.
Se você pegar as regras de helicóptero hoje, elas não se adaptam 100% para o eVTOL. O Sandbox é uma oportunidade excelente que a gente tem de mostrar que o eVTOL será seguro, mas que regras e regulamentos têm que ser modificados.
Afirma Luiz Mauad, vice-presidente de serviços da EVE
Apesar da popularização do termo “carro voador”, é importante esclarecer que os eVTOLs não seguirão o modelo de carros particulares disponíveis para compra por qualquer indivíduo. Em vez disso, essas aeronaves serão integradas a um sistema semelhante a aplicativos de corrida como Uber e 99. André Stein, chefe-oficial de estratégia da EVE, tenta esclarecer que se trata de operações organizadas entre vertiportos estabelecidos, com operadores que possuam certificação, e não se destina — até o momento — ao uso pessoal.
Confira alguns dados informativos sobre a disposição da tecnologia, com número de veículos, vertiportos, passageiros, rotas e receita estimada, apresentados pela EVE:
São Paulo:
- Vertiportos: 8 até 2026, sendo 36 até 2035;
- eVTOLs: Média de 50 a 70 até 2026, sendo de 450 até 2035;
- Passageiros: 900 mil por ano até 2026, sendo 8,2 milhões por ano até 2035;
- Rotas: Mais de 200 até 2035;
- Receita: US$ 410 milhões (R$ 2 bilhões) até 2035;
Rio de Janeiro:
- Vertiportos: 6 até 2026, sendo 30 até 2035;
- eVTOLs: De 25 a 35 até 2026, sendo 245 até 2035;
- Passageiros: 400 mil por ano até 2026, sendo 4,5 milhões por ano até 2035;
- Rotas: Mais de 100 até 2035;
- Receita: US$ 220 milhões (R$ 1 bilhão) até 2035.
E você, o que achou da novidade da EVE? Está ansioso para experimentar uma viagem dessas? Conta pra gente nos comentários!
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Revisado por Glauco Vital em 11/8/23.