Acontece entre hoje, dia 26 e o dia 28 de Junho o Build Developer Conference, o encontro anual de desenvolvedores da Microsoft em São Francisco, Califórnia.
O evento pretende ajudar a empresa a responder algumas novas questões que surgiram nos últimos tempos acerca dos rumos da gigante de Redmond.
Por muito tempo prevaleceu o modelo de Desktop municiado com a dobradinha “WIntel”, que unia os processadores da fabricante Intel com o sistema operacional Windows da Microsoft. Esse modelo reinou absoluto por muito tempo.
Muito se especulou ao longo dos anos sobre quem ameaçaria essa hegemonia. Muitos tentaram, mas a supremacia da empresa de Redmond se manteve.
Mas esse cenário mudou. Além de novos competidores, outras frentes de batalha se abriram. Apesar da enorme base instalada, pesquisas recentes mostram que as vendas de dispositivos baseados em sistemas operacionais da Apple, Mac OS X e iOS, vai ultrapassar as de produtos com versões do Windows, em 2015, prevê a vice-presidente do Gartner, Carolina Milanesi.
A verdade é que o Windows Phone, mesmo com um aumento de vendas significativo por conta de sua parceria com a Nokia, ainda patina.
Com a tendência cada vez maior de queda nas vendas de PCs, o mercado em geral abraçou outros dispositivos com funções específicas e com novos sistemas operacionais. Cada vez sente-se menos a necessidade de um PC. E é aí que mora o grande perigo para a Microsoft.
Sempre entendi que a mudança ou a criação de uma cultura de consumo é fator determinante para o sucesso de uma empresa. E hoje, cada vez, mais percebo que algumas tarefas são possíveis de serem executadas com mais facilidade em outros gadgets do que em um notebook ou desktop rodando Windows.
Compartilhar uma foto tirada com um smartphone numa rede social, visualizar atualizações de amigos, acompanhar as principais notícias do dia ou a utilização de uma segunda tela para acompanhar programas de TV são alguns dos exemplos em que eu literalmente não cogito utilizar um notebook. O tablet ou o smartphone surgem naturalmente em minhas mãos.
É a tal da mudança de cultura, do hábito. Basta andar de metrô ou reparar nas mesas de bares e restaurantes que essa tendência é cada vez maior. Cada vez menos pessoas navegam na Internet, mandam e-mails ou atualizam suas contas no Facebook usando um notebook.
A Microsoft mirou o mercado de PCs sempre. Só que o mercado de PCs esfriou e sua chegada ao mundo mobile foi tardia. Outros players se consolidaram, e as dúvidas surgiram: conseguirá Steve Ballmer compreender esse admirável mundo novo e então virar a mesa? A Microsoft tem fôlego para manter sua liderança nos PCs e ainda tentar cavar espaço no mercado mobile? Qual o enfoque que a empresa dará para a questão dos serviços?
Além de tentar responder essas questões, o Build deverá ter um anúncio muito aguardado: o Windows 8.1. A atualização para o S.O. da empresa deve tentar resolver alguns dos pontos fracos que foram alvos de duras críticas dos consumidores.
E você? Acha que a Microsoft conseguirá surpreender o mercado e alavancar suas vendas do Windows Phone? Acha que o Windows ainda reinará nos notebooks e desktops por muito tempo ?
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