Aurous

Aurous: streaming de música legal, gratuito e controverso

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O Aurous é um aplicativo que faz streaming, mas não cobra nada, não exibe publicidade e é legal. Ou pelo menos quase legal.

Aurous
Rdio, Deezer, Spotify, Tidal, Apple Music e Google Music tem muita coisa em comum: fazem streaming de música, possuem grandes bibliotecas e oferecem planos pagos. Alguns possuem opções gratuitas, exibindo publicidade e limitando as possibilidades do usuário. O Aurous também faz streaming de música via app, mas não cobra nada, não exibe publicidade e é legal. Ou pelo menos quase legal.

O aplicativo foi desenvolvido por Andrew Sampson que lançou a versão alpha nessa semana. O Aurous usa mais de 120 APIs públicas para coletar as músicas de serviços como YouTube, SoundCloud e Spotify. O app também usa conexão peer-to-peer, mas nenhuma faixa é baixada via torrent; só é utilizado o BitTorrent para fazer a transmissão da música, encontrada de forma licenciada em playlists, vídeos ou players existentes.

Com essa proposta, o Aurous logo passou a ser comparado com o Popcorn Time. Em uma entrevista dada para a Billboard, o criador disse que é um erro pensar dessa forma: “Eu diria que ele é um player de players. Você pode escutar conteúdos que você já possui – usamos APIs com conteúdos licenciados para isso. Só utilizamos o BitTorrent para economizar banda dos usuários, então não sobrecarregamos os outros sites.”

Andrew Sampson afirma ainda que o objetivo do aplicativo é legal e que todos os arquivos transmitidos vem de fontes legítimas. O Aurous não hospeda nada, mas exibe resultados de conteúdos que talvez não sejam licenciados, como por exemplo, faixas ilegais colocadas no SoundCloud e álbuns vazados no YouTube.
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A startup israelense Music Messenger tinha um propósito semelhante ao do Aurous; receberam um investimento de US$ 30 milhões e estava avaliado em US$ 100. No entanto, os aplicativos já não estão mais disponíveis. Sampson diz que o seu serviço tem outro objetivo e quer se tornar um player offline, organizando toda a biblioteca do usuário.

Apesar disso, licenciar o conteúdo não está em seus planos. Em relação aos artistas, a postura é de que eles merecem ser recompensados por suas criações e um sistema onde os usuários possam doar quantias em Bitcoins para os músicos está sendo implementado.

A expectativa é para o lançamento da primeira versão estável do aplicativo dentro de dois ou três meses. Só resta saber por quanto tempo ele conseguirá aguentar.


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