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O gigante gasoso que agora tem os títulos de maior planeta e maior quantidade de luas confirmadas em sua órbita, esteve em observação entre 2021 e 2022 por telescópios do Chile e Havaí. Scott Sheppard, astrônomo da Carnegie Institution, que fazia parte da equipe que fez as novas descobertas, disse que as luas em Júpiter foram incluídas recentemente em uma lista organizada pelo Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional.
Júpiter esta situado entre Marte e Saturno, sendo o quinto planeta na ordem em que o Sol é a referência. Sua rotação dura aproximadamente 10 horas e a translação dura aproximadamente 12 anos.
A descoberta das novas luas em Júpiter
Através dos telescópios Subaru, Víctor M. Blanco e Magalhães que apontaram a existência das novas luas em Júpiter, através de observações feitas entre 2021 e 2022, foi feito um acompanhamento de observação por pesquisadores que confirmaram suas órbitas. De acordo com Sheppard, as novas descobertas tem tamanhos que variam entre 0,6 milhas a 2 milhas, ou 1 a 3 quilômetros.
“Espero que possamos observar de perto uma dessas luas externas em um futuro próximo para determinar melhor suas origens”
Scott Sheppard
As luas descobertas recentemente ainda não receberam nomes. De acordo com Scott, somente metade dos satélites tem tamanho suficiente – 1,5 quilômetro ou mais – para ter direito a um nome. Ele explica ainda que Júpiter e Saturno possuem diversas luas pequenas, que acredita serem fragmentos de luas maiores que se chocam entre si ou com outros corpos celestes como asteroides ou cometas. As quatro maiores luas de Júpiter, em homenagem a Galileu Galilei, que as observou pela primeira vez, são conhecidas como satélites galileanos e seus nomes são Ganímedes, Calisto, Io e Europa.
As novas luas estão na classe de luas irregulares do planeta. A diferença entre as regulares e irregulares é que as primeiras – que incluem os satélites galileanos e o próprio planeta – tem sua órbita no sentido anti-horário, na segunda classe elas orbitam no sentido horário.
Planos de pesquisa futuros
Scott Sheppard, que já participou da descoberta de muitas luas de Saturno e também de 70 das luas já conhecidas ao redor de Júpiter, acredita que com os novos estudos que serão feitos nesses planetas as suas listas de satélites naturais podem aumentar ainda mais.
A Agência Espacial Europeia pretende enviar uma espaçonave a Júpiter em abril deste ano, com intenção de estudar o planeta e suas maiores luas. E em 2024, a NASA planeja lançar o Europa Clipper para explorar a lua de Júpiter que possui o mesmo nome e que, de acordo com a agência, pode abrigar um oceano abaixo de sua crosta congelada. Scott menciona ainda: “Temos feito essas descobertas de novas luas em Júpiter por acaso, pois nosso estudo principal busca por planetas no sistema solar externo além de Plutão”.
O gigante gasoso e suas luas tem despertado interesse dos pesquisadores pois são variadas em e podem esconder descobertas muito interessantes. Além das novas pesquisas que estão para ocorrer em breve, há ainda a lua chamada Io – uma das quatro maiores – que está sendo observada desde 2016 pela sonda espacial da Nasa, a Juno. Esta sonda deve sobrevoar a lua, que é conhecida por ser “explosiva” e meados de dezembro deste ano.
Conheça todas as luas de Júpiter
Algumas Luas em Júpiter ainda não foram nomeadas, incluindo as novas descobertas. Algumas recebem um nomenclatura genérica ou um código. A seguir estão as 57 luas nomeadas até o presente momento.
Adrastea: Descoberta em 1979 pela equipe científica da Voyager.
Aitne: Descoberta em 2001 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Observatório Mauna Kea, Havaí.
Amalteia: Descoberta em 1892 pelo astrônomo Edward Emerson Barnard.
Ananke: Descoberta em 1951 pelo astrônomo americano Seth Barnes Nicholson, com ajuda do telescópio Hooker no Mount Wilson Observatory, na Califórnia.
Aoede: Descoberta em 2003 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Jan T. Kleyna, Yanga R. Fernandez e Henry H. Hsieh durante observações no Observatório Mauna Kea.
Arche: Descoberta em 2002, por Scott S. Sheppard no Observatório Mauna Kea.
Autonoe: Descoberta em 2001 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Observatório Mauna Kea.
Callirrhoe: Descoberta em 1999 por Jim V. Scotti, Timothy B. Spahr, Robert S. McMillan, Jeffrey A. Larsen, Joe Montani, Arianna E. Gleason e Tom Gehrels a partir de observações feitas no curso Spacewatch da Universidade do Arizona.
Calisto: Descoberta em 1610, por Galileo Galilei.
Carme: Descoberta em 1938, por Seth Barnes Nicholson durante observações com o telescópio Hooker no Mount Wilson Observatory, na Califórnia.
Carpo: Descoberta em 2003 por uma equipe de astrônomos do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí liderado por Scott S. Sheppard no Observatório Mauna Kea.
Chaldene: Descoberta em 2000 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Yange R. Fernandez e Eugene Magnier no observatório em Mauna Kea.
Cyllene: Descoberta em 2003, por Scott S. Sheppard e sua equipe da Universidade do Havaí no Observatório Mauna Kea.
Dia: Descoberta em 2000 por Scott S. Sheppard, David Jewitt, YR Fernandez e G. Magnier no Havaí.
Eirene: Descoberta em 2003 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Observatório Mauna Kea.
Elara: Descoberta em 1905, pelo astrônomo americano Charles Dillon Perrine via do Observatório Lick em Mount Hamilton na Universidade da Califórnia, San Jose.
Erinome: Descoberta em 2000 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Yanga R. Fernandez e Eugene Magnier no Observatório Mauna Kea no Havaí.
Ersa: Descoberta por Scott S. Sheppard e sua equipe em 2018 mas vista pela primeira vez em 2017.
Euanthe: Descoberta em 2001 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Observatório Mauna Kea.
Eukelade: Descoberta em 2003 por Scott S. Sheppard no Havaí.
Eufema: Descoberta em 2003, por Scott S. Sheppard no Observatório Mauna Kea.
Euporie: Descoberta em 2001 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Observatório Mauna Kea no Havaí.
Europa: Descoberta em 1610, por Galileo Galilei.
Eurydome: Descoberta em 2001, por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Havaí.
Ganimedes: Descoberta em 1610, pelo cientista Galileo Galilei.
Harpalyke: Descoberta em 2000 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Yanga R. Fernandez e Eugene Magnier no Observatório Mauna Kea.
Hegemone: Descoberta em 2003 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Jan T. Kleyna, Yanga R. Fernandez e Henry H. Hsieh no Observatório Mauna Kea.
Helike: Descoberta em 2003, por Scott S. Sheppard no Havaí.
Hermippe: Descoberta em 2001 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Observatório Mauna Kea, Havaí.
Herse: Descoberta em 2003, por Brett J. Gladman, John J. Kavelaars, Jean-Marc Petit e Lynne Allen.
Himalia: Descoberta em 1904 pelo astrônomo americano Charles Dillon Perrine via fotografias do Observatório Lick em Mount Hamilton na Universidade da Califórnia.
Io: Descoberta em 1610, pelo cientista italiano Galileo Galilei.
Iocaste: Descoberta em 2000 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Yanga R. Fernandez e Eugene Magnier no Observatório Mauna Kea, Havaí.
Isonoe: Descoberta em 2000 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Yanga R. Fernandez e Eugene Magnier no Havaí.
Kale: Descoberta em 2001, por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Observatório Mauna Kea.
Kallichore: Descoberta em 2003, por Scott S. Sheppard no Observatório Mauna Kea.
Kalyke: Descoberta em 2000 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Yanga R. Fernandez e Eugene Magnier no Observatório Mauna Kea.
Kore: Descoberta em 2003 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna, no Havaí.
Leda: Descoberta em 1974 pelo astrônomo americano Charles Thomas Kowal durante observações no Observatório Palomar, Califórnia.
Lysithea: Descoberta em 1938, pelo astrônomo americano Seth Barnes Nicholson com o telescópio Hooker no Mount Wilson Observatory.
Megaclite: Descoberta em 2000 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Yanga R. Fernandez e Eugene A. Magnier no Havaí.
Metis: Descoberta em 1979 pela equipe científica do programa Voyager.
Mneme: Descoberta em 2003, por Scott S. Sheppard e Brett Joseph Gladman no Observatório Mauna Kea.
Orthosie: Descoberta em 2001 por Scott S. Sheppard, Yanga R. Fernandez e David C. Jewitt no Observatório Mauna Kea.
Pandia: Descoberta por Scott S. Sheppard e sua equipe em 2018 mas foi vista pela primeira vez em 2017.
Pasiphae: Descoberta em 1908 pelo astrônomo Philibert Jacques Melotte com o telescópio Cassegrain do Observatório de Greenwich.
Pasithee: Descoberta em 2001, por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Observatório Mauna Kea.
Philophrosyne: Descoberta em 2003 por Scott S. Sheppard no Havaí.
Praxidike: Descoberta em 2000 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Yanga R. Fernandez e Eugene Magnier no Observatório Mauna Kea.
Sinope: Descoberta em 1914 pelo astrônomo americano Seth Barnes Nicholson durante pesquisa no Observatório Lick na Califórnia.
Sponde: Descoberta em 2001 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Observatório Mauna Kea, Havaí.
Taygete: Descoberta em 2000 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Yanga R. Fernandez e Eugene Magnier no Observatório Mauna Kea.
Thebe: Descoberta em 1980 pela equipe científica do programa Voyager, foi vista através de imagens da Voyager 1.
Thelxinoe: Descoberta em 2003, por Scott S. Sheppard e Brett J. Gladman no Observatório Mauna Kea, Havaí.
Themisto: Descoberta inicialmente 1975, pelos astrônomos Charles Thomas Kowal e Elizabeth Roemer. Ficou perdida até 2000, quando foi redescoberta por Sheppard,e sua equipe utilizando o telescópio Subaru no Observatório Mauna Kea.
Thyone: Descoberta em 2001 por Scott S. Sheppard, David C. Jewitt e Jan T. Kleyna no Observatório Mauna Kea, Havaí.
Valetudo: Descoberta por Scott S. Sheppard e sua equipe em 2018 mas vista pela primeira vez em 2017.
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Revisado por Glauco
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