Nesta terça-feira (4), o Spotify firmou acordo com a Universal Music Group que diferencia o catálogo dos usuários Premium. Agora, os artistas da gravadora podem apresentar seus novos discos com exclusividade aos assinantes do streaming por um curto período.
“A partir de hoje, os artistas da Universal podem escolher se lançam novos álbuns somente para contas Premium por duas semanas, oferecendo antes ao assinante a oportunidade de explorar o trabalho criativo completo”, declarou, em nota, o CEO do Spotify, Daniel Eck.
Aqueles que têm contas gratuitas, porém, podem continuar ouvindo os singles gratuitamente.
Por isso, é esperado que outras grandes empresas do mercado, como a Sony e a Warner, sigam o mesmo caminho da Universal.
Spotify vs. músicos
Em 2014, semanas antes do lançamento do álbum “1989”, Taylor Swift tirou todas as suas músicas do Spotify e se posicionou publicamente contrária à gratuidade oferecida pelo serviço de streaming. Em artigo para o jornal Wall Street Journal, escreveu:
“[…] pirataria, compartilhamento de arquivos e streaming encolheram drasticamente os números de álbuns pagos… Música é arte, e arte é importante e rara. Coisas raras e importantes são valiosas. Coisas valiosas devem ser pagas. É minha opinião que a música não deve ser gratuita.”
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, Jay-Z se uniu a outros grandes artistas e criaram um concorrente ao Spotify, administrado pelos próprios músicos. O Tidal chegou ao mercado em 2015 com a proposta de atribuir às canções royalties mais justos.
A cantora Adele, por sua vez, lançou seu álbum “25” primeiro apenas em CD e vinil. Passados seis meses, disponibilizou suas músicas nos serviços de streaming. Estratégia semelhante foi adotada antes por Beyoncé e a banda inglesa Coldplay como maneira de beneficiar as lojas varejistas.
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