A Amazon acaba de anunciar sua maior aquisição: a compra da Whole Foods por 13,7 bilhões de dólares, com o acordo sendo finalizado no segundo semestre de 2017. A empresa é um rede de mercados popular de produtos e alimentos orgânicos. Ao comprar a Whole Foods, a gigante de vendas começa a construir seu caminho no negócio de alimentos, adquirindo mais de 460 lojas físicas para seu poderio operacional.
Somente nos Estados Unidos, o mercado de gêneros alimentícios é um negócio de mais 600 bilhões de dólares por ano. Apesar disso, essa indústria não está concentrada pois, além do Walmart – que controla um quinto de todas as vendas de comidas e bebidas – nenhuma outra empresa possui mais de um décimo do mercado. Apenas outras três companhias são capazes de conquistar mais de 5% do total de vendas.
A Amazon se tornando uma gigante no mercado
A Bloomberg relatou, apenas alguns meses atrás, que o objetivo da Amazon é ser um dos cinco melhores vendedores de supermercado até 2025. Se a empresa vai fazer isso, diz o diretor de pesquisa da L2, Cooper Smith, precisava fazer algum tipo de grande aquisição neste espaço de tempo.
“Para entrar no ranking dos cinco primeiros, você precisa fazer 30 bilhões de dólares por ano nas vendas”, disse Smith. “A Whole Foods faz cerca de 14 a 15 bilhões de dólares por ano nas vendas, então a Amazon está a meio caminho da aquisição”. Ele também disse que faz sentido que a companhia deixaria a marca Whole Food intacta – já que os clientes associam Whole Foods com alimentos, enquanto a Amazon alcançou um sucesso mínimo com seu negócio de supermercado “fresh” na última década.
As vendas on-line certamente podem ser uma grande parte de todo este negócio já que a empresa possui reconhecimento de nome nisso e construiu armazéns e infra-estrutura de transporte em todo o país. Mas essa infraestrutura não foi otimizada para mantimentos e a escolha da Whole Foods é um método rápido para a Amazon poder gerir inventário que, ao contrário de muitos gadgets e produtos domésticos que vende, frequentemente expira ou estraga.
A Amazon também afirmou, de acordo com o relatório no New York Times, que não tem planos de aplicar sua tecnologia experimental “sem caixa” com o Amazon Go para as lojas Whole Foods e que “nenhuma redução de emprego é planejada como parte do negócio”.
É muito provável que, no curto prazo, a Amazon adquira as lojas da Whole Foods para construir sua infra-estrutura de entrega. O Amazon Fresh, serviço de entrega em domicílio para alimentos frescos, está disponível apenas em cidades selecionadas em cerca de uma dúzia de estados dos EUA. A Amazon pode gerenciar a transformação dos locais atuais ou futuros de Whole Foods em lojas de supermercado/locais de entrega e de recolhe, expandindo o sistema já construído para o Fresh.
Manter os locais Whole Foods funcionando também deve tornar a Amazon um competidor mais formidável para o Walmart e outras cadeias de supermercado. À primeira vista, seus investidores certamente parecem pensar assim.
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