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Foi divulgado um novo álbum contendo oito canções com o estilo clássico do Oasis, criado por Inteligência Artificial, que facilmente poderiam passar como produções reais. O motivo da produção, segundo Bobby Geraghty, um cantor, compositor e produtor de 32 anos que participou do projeto, foi o tédio de esperar pelo retorno da banda.
O álbum AISIS – The Lost Tapes/Vol.1
A banda britânica Breezer criou um álbum imaginando como seria se o Oasis se reunisse e lançasse um novo álbum em 2023. O álbum contém faixas originais da Breezer, compostas durante o ano de 2021, com a voz do vocalista substituída por uma versão gerada por inteligência artificial de Liam Gallagher.
Menos de uma semana após sua estreia online, o álbum — inteligentemente chamado de AISIS — já acumulou dezenas de milhares de visualizações, iniciou um debate online e teve uma resposta esmagadoramente positiva de muitos fãs da banda.
Ainda mais surpreendente, no entanto, é que o ex-vocalista do grupo gostou do projeto e recorreu às redes sociais para elogiar a banda indie por fazer algo “melhor” do que muitos outros lançamentos.
A resposta do vocalista foi provocada quando um fã perguntou ao cantor se ele já havia “ouvido o álbum AISIS no Twitter. Gallagher respondeu dizendo que havia ouvido apenas parte do álbum, mas ficou impressionado. “Não ouvi o álbum inteiro, ouvi uma música”, explicou. Ele então disse a outro seguidor que achou o projeto “louco” e que “pareço incrível”.
Conforme a descrição do YouTube, Breezer criou o projeto inspirado no Oasis depois de ficar cansado de esperar pela icônica banda brit-pop se reunir novamente. “AISIS é um álbum conceitual de realidade alternativa em que a formação da banda de 95 a 97 continuou a escrever música, ou talvez todos tenham se reunido anos depois para escrever um disco semelhante aos três primeiros álbuns”.
“Estamos entediados de esperar pelo retorno do Oasis, então usamos um modelo de inteligência artificial para criar um Liam (inspirado em @JekSpek) para ajudar. Pareceu uma combinação perfeita, e adoramos como algumas dessas faixas ficaram.” escreveram eles.
“Originalmente tivemos a ideia de publicar o material como se fossem arquivos perdidos do Oasis, mas decidimos nos revelar. No fim das contas, somos apenas uns caras normais. Só queríamos dar um pouco de nostalgia às pessoas, porque nunca tivemos um capítulo final para o Oasis”, confessa o baterista Jon Claire.
Álbum criado por IA recebe elogios dos fãs
No momento em que este texto é escrito, o álbum se tornou um sucesso entre os fãs, com 3.100 curtidas e apenas 44 reações negativas. Os fãs também usam a seção de comentários para compartilhar seus elogios ao álbum: “Eu sou um grande fã do Oasis desde 1994 e isso é como entrar em uma dimensão alternativa — estou impressionado — incrível”, comentou um usuário.
Outro acrescentou: “Isso é incrível. Incrível composição e para mim soa como um Oasis dos dias atuais. Produção fantástica também. Adorei a referência no final de Bittersweet.”
A banda Oasis pode voltar?
Recentemente, tanto Liam quanto Noel Gallagher adotam uma abordagem intermitente em relação a uma possível reunião da banda. No entanto. Liam acabou com as esperanças dos fãs ao criticar seu irmão por ter “causado muitos danos” à marca.
Depois de uma entrevista de Noel ao canal francês France Inter, na qual afirmou estar aberto a uma reunião da banda, também sabia que seu irmão não entraria em contato com sua equipe para organizá-la.
Liam usou as redes sociais para responder aos comentários, explicando por que não está se comunicando com Noel. Segundo ele: “Aqui está como eu vejo. O pequeno, também conhecido como batata, causou muito dano ao Oasis como banda/marca. Ele tem muito o que fazer para se redimir, não só comigo, mas com vocês, os fãs, as pessoas que nos colocaram onde estamos hoje.”
A controvérsia do uso de inteligência artificial na música
O frontman do Bad Seeds, Nick Cave, falou contra o uso de IA para escrever músicas no início deste ano, afirmando que queria que a plataforma ChatGPT “desaparecesse e deixasse a composição de músicas em paz”. Os comentários seguiram sua condenação anterior ao uso de plataformas de IA — onde ele descreveu o processo como uma “ridícula zombaria do que significa ser humano”.
Recentemente, a Universal Music Group removeu das plataformas de streaming uma colaboração gerada por inteligência artificial entre Drake e The Weeknd depois que ela se tornou viral. A música Heart On My Sleeve teve mais de 13 milhões de visualizações apenas no TikTok em poucas horas e replicou as vozes de ambos os artistas usando IA.
Explicando por que eles removeram a música, a Universal Music descreveu o projeto como “uma violação de nossos acordos e uma violação da lei de direitos autorais” e também afirmou que a música tinha a disponibilidade de “infringir” conteúdo preexistente.
Em conclusão, a inteligência artificial vem sendo cada vez mais utilizada na criação musical, despertando opiniões diversas na indústria e no público. Enquanto alguns enxergam a tecnologia como uma ferramenta inovadora e criativa para a produção de música, outros acreditam que o uso de algoritmos e máquinas pode tirar a essência e a humanidade da arte.
No entanto, é indiscutível que a AI está trazendo novas possibilidades e desafios para a música, e ainda há muito a ser explorado e descoberto nesse campo de convergência entre tecnologia e arte.
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Fonte: The Guardian, Rolling Stone, NME, Globo
Revisado por Glauco Vital em 20/4/23.
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