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Com as recentes notícias de que, em um futuro muito próximo, estaremos vivendo cada vez mais em uma realidade virtual, é um ótimo momento para revisitar o sucesso que é o Oculus Quest 2 e analisar: ainda vale a pena comprar um?
Com a ascensão das tecnologias de realidade virtual, muitos produtos têm sido bem visados pela comunidade gamer. Seja com o intuito de mergulhar de cabeça no metaverso, para vivenciar jogos de realidade virtual de maneira portátil ou ainda para jogar os melhores jogos de VR no PC, o Quest 2 garante ser a opção mais versátil do mercado.
Então, nesta breve análise, vamos pontuar três tópicos principais: o dispositivo como console VR portátil, como um óculos VR para PC e também como gadget de produtividade. Confira a seguir!
O futuro do Oculus Quest 2
Lançado em outubro de 2020, o Quest 2 ainda está no início da sua vida útil. Mas, segundo recentes rumores da internet, uma nova linha de headsets VR da Meta — o antigo Facebook — estaria já em produção. O nome do projeto seria Cambria e provavelmente saberemos mais sobre ele ainda neste ano.
Isso preocupou os atuais usuários do Quest 2 e, principalmente, aqueles que pretendiam adquirir um logo em breve. Afinal, com a entrada de um novo headset topo de linha, talvez não compensasse mais garantir o modelo atual. Além disso, outras opções do mercado têm chamado a atenção como o inédito PS VR 2, da PlayStation, que deve lançado em breve.
Será que ainda vale a pena apostar no Quest 2? Bom, se você pretende comprar um, pode ficar tranquilo. O Quest 2 é um produto que tem como alvo ser de baixo custo e ser altamente competitivo, custando apenas US$ 299, o mesmo preço de um console de videogame de nova geração.
Com mais de 10 milhões de unidades vendidas, esse é o produto de realidade virtual mais vendido da história. O motivo de seu sucesso, bem como o seu valor mais acessível, está na escolha do Meta de economizar no hardware do dispositivo.
Hardware potente e versátil
O Oculus Quest 2 é o segundo na linhagem de consoles portáteis da empresa, sucedendo o Oculus Quest. O design é bem similar ao seu antecessor, porém o produto dessa vez é branco com acabamento em plástico.
O headset em si tem um sistema para prender na cabeça feito de tecido e o produto todo pesa apenas 500 gramas. O console usa um processador Qualcomm Snapdragon XR2, que é a linha específica da Snapdragon focada em realidade virtual. Além disso, o Quest 2 ainda tem 6 GB de memória RAM, um aumento de 50% em relação à geração passada e está disponível em modelos com 128GB e 256Gb de armazenamento.
Para fechar as especificações do produto, ele tem 1832×1920 de resolução por olho em um painel de LCD, chegando até 120Hz de taxa de atualização da tela. Ainda é possível ajustar o IPD — physical interpupillary distance — em 3 distâncias diferentes para agradar diferentes tipos de usuários.
Os controles Oculus Touch são a terceira geração da empresa e são muito bem acabados. Além dos sensores touch em todos os botões, a disposição do controle é muito natural. E vale destacar ainda que o headset não precisa de estações base de rastreamento, já que todo o tracking de controles e movimentos é feito inteiramente via 4 câmeras posicionadas na frente do headset.
A experiência em Realidade Virtual
Antes de entrar em detalhes sobre os jogos exclusivos do console ou a usabilidade dele no PC, vamos falar sobre como é a experiência dentro do Oculus Quest 2. Precisamos avisar que minha experiência com o produto é recente, com apenas 2 meses de uso, então leve isso em consideração.
A primeira impressão que você tem com o Quest 2 não é exatamente a mais agradável: para usar o console é preciso vincular sua conta do Facebook/Meta. Pra muitos isso pode não parecer um problema, mas ainda assim vale lembrar que a empresa teve vários escândalos de privacidade e acesso à informação das contas de seus usuários.
Passada a primeira impressão, o Quest 2 te recebe com o ajuste de zona de segurança e te deixa livre para explorar aplicativos, inclusive o incrível jogo tutorial que serve para mostrar as capacidades do aparelho.
Logo que o tutorial começa é impossível não se apaixonar pelo mundo em realidade virtual e todas suas possibilidades. Uma vez finalizado, você está livre para adquirir sua própria biblioteca de jogos e se divertir. E é aí que a parte boa começa, o console tem opções, basicamente, infinitas de jogos no modo portátil e elas aumentam ainda mais quando conectado em um PC.
Durante esses dois meses, eu tive a oportunidade de entender os limites do dispositivo e os meus. O Quest 2 pode parecer extremamente confortável, mas em longas sessões a alça que prende o headset na sua cabeça pode se tornar incômoda o suficiente para acabar com sua sessão. Outro ponto negativo é a bateria, permitindo sessões de jogos de, em média, 2 horas, fazendo com que você jogue e recarregue o console muitas vezes, diminuindo a vida útil da bateria de lítio dentro do produto.
Fora isso, a experiência com o Quest 2 foi quase perfeita, com tracking impecável dos controles e das minhas mãos. Ele ainda conta com sua zona segura, que te impede de sair destruindo sua casa ao redor. Os mecanismos de segurança são impecáveis, basta dar dois toques na lateral do console para ativar as quatro câmeras e ver o mundo real ao seu redor para se movimentar sem o risco de quebrar nada.
Jogos e desempenho
O Oculus Quest 2, recém renomeado de Meta Quest 2, é um produto que tem como objetivo a versatilidade, podendo ser jogado em qualquer lugar com a biblioteca de games interna, que é recheada de exclusivos e outros títulos. É possível também conectá-lo em um computador potente o suficiente para jogar games exclusivos para PC.
Eu usei o Quest 2 em ambas situações o suficiente para poder afirmar que esse é um headset de realidade virtual que resolveu abraçar o mundo e conseguiu. Ele, com certeza, não é melhor que os melhores óculos VR de PC, como o Valve Index, mas ele também custa menos da metade do preço.
Com isso em mente, as expectativas que eu tinha eram baixas, mas mesmo rodando em um PC com uma RTX 3060, consegui rodar tranquilamente o Half-Life: Alyx atingindo os 90 fps que eu tinha de taxa de atualização na tela do Quest.
A experiência em um computador depende, é claro, de sua potência e de um cabo USB 3.0, ou uma conexão de internet muito potente — nesse caso, é recomendado o Wi-Fi 6. Eu usei majoritariamente pelo USB por não ter um roteador com Wi-Fi 6, então a experiência wireless no Quest 2 não pôde ser avaliada justamente.
Porém, foi jogando Beat Saber ou o próprio Half-Life: Alyx que eu tive as melhores experiências com o console. Por mais que os games da loja da Oculus sejam muito bem otimizados, contar com o poder extra de processamento de uma placa de vídeo em jogos como Eleven Table Tennis fez toda a diferença. No modo portátil eu me encontrei em jogos de exercício físico, como The Thrill of the Fight, um jogo de boxe que é um verdadeiro treino aeróbico.
Mas o Quest 2 não é só um console de video games e a existência do metaverso reforça isso. Eu não tive a oportunidade de realizar reuniões pelo console, mas utilizei ele muito como meu desktop virtual para trabalhar e assistir séries na Netflix.
Pode não ser meu uso principal no momento, mas o Meta tenta claramente aumentar a compatibilidade do Quest 2 com o uso no dia a dia e em produtividade.
Afinal, o Oculus Quest 2 vale a pena?
Seja para usar somente como um console stand-alone ou conectar em um PC, o Quest 2 ainda é um dos melhores produtos de Realidade Virtual disponíveis atualmente, isso quando colocamos na balança a acessibilidade e custo benefício.
Além disso, caso você queira se aventurar num modelo em 2022, raramente você vai ficar sem achar grupos online para se encontrar em jogos de comunidade, devido ao grande número de jogadores ainda ativos.
O console não foi oficialmente lançado no Brasil e só pode ser encontrado via importadores e em sites como a própria Amazon, que faz a entrega segura do produto. Aqui no Brasil você consegue adquirir um Oculus Quest 2 normalmente por volta dos R$ 3.000,00, na Amazon, em média.
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