AI superinteligente impossível de controlar | TRIO

O Showmetech TRIO é um compilado com as notícias mais interessantes da semana. Hoje abordamos sobre cálculos científicos que sugerem que deverá ser impossível controlar AIs superinteligentes; explicaremos como a fotossíntese começa a partir de fótons; mostramos tudo o que já sabemos sobre o Windows 12, como sua data de lançamento; e ainda vamos falar sobre o primeiro embrião sintético criado por cientistas. Esse é o Showmetech TRIO, seu trio semanal de notícias.

Assista o vídeo no Canal do Showmetech:

AI superinteligente impossível de controlar?

Inteligência Artificial se mantém um assunto polêmico na internet por diversos motivos. Possivelmente pelo vislumbre do ser humano ou com a fantasia já vista em filmes como Exterminador do Futuro, uma das preocupações sobre as IAs é a capacidade do homem de conseguir controlar essa tecnologia, mas de acordo com cálculos realizados por um grupo de cientistas europeus, eventualmente não teremos mais esse controle.

Conforme o grupo, eles revisaram o cálculo realizado originalmente em 2021 e a resposta permanece a mesma. O estudo conclui que o principal desafio em controlar uma superinteligência é que isso exigiria um nível de compreensão muito além da capacidade humana. Essa compreensão deveria ter o mesmo nível que a tecnologia, e sem ela, seria impossível criar uma simulação para dominar a IA.

Parte do raciocínio da equipe é fundamentado no problema apresentado por Alan Turing em 1936. Nisso, é levantada a questão se é possível determinar se um programa de computador eventualmente alcançará uma conclusão e resposta, ou se ele ficará preso em um loop infinito, tentando encontrar uma solução.

Alan Turing demonstrou por meio de um cálculo matemático que, embora seja possível obter respostas para programas específicos, é logicamente impossível encontrar algum jeito que nos permita prever como cada programa em potencial irá se comportar.

Uma IA superinteligente, por exemplo, seria capaz de armazenar simultaneamente inúmeros programas e sistemas em sua memória. Pensando dessa maneira qualquer sistema projetado para evitar que a IA cause danos aos seres humanos, poderia ou não chegar a uma conclusão sadia.

Autores do artigo publicado no Journal of Artificial Intelligence Research afirmam que “regras como ‘não causar danos aos humanos’ não podem ser definidas se não entendermos o tipo de cenário que uma IA criará”. O artigo ainda prossegue dizendo “uma vez que um sistema de computador está trabalhando em um nível acima do escopo de nossos programadores, não podemos mais estabelecer limites”. Será que realmente chegaremos a esse nível de IA?

Como começa a fotossíntese

Uma equipe de pesquisadores americanos especializados em óptica quântica e biologia demonstrou que um fóton solitário pode iniciar o processo de fotossíntese, analisando bactérias fotossintéticas roxas. Esses pesquisadores estão confiantes de que esse processo também ocorre em plantas e algas, uma vez que todos os organismos fotossintéticos compartilham um ancestral evolutivo e possuem mecanismos semelhantes.

A equipe afirma que suas descobertas fortalecem o nosso entendimento da fotossíntese e contribuirão para uma melhor compreensão da interação da física quântica em uma variedade de sistemas biológicos, químicos e físicos considerados mais complexos, até mesmo na área de combustíveis renováveis.

A quantidade limitada de fótons geradas pelo Sol levou os cientistas a especularem sobre a eficiência da fotossíntese em utilizar a luz solar para gerar moléculas de alta energia. A partir de então os pesquisadores começaram a considerar a possibilidade de um único fóton ser capaz de iniciar essa reação. 

Ao estudar o comportamento dos fótons individuais durante a fotossíntese, essa pesquisa oferece informações valiosas sobre o processo de conversão de energia na natureza. Essas descobertas podem ser cruciais para o desenvolvimento de técnicas de fotossíntese artificial, que poderiam ter um papel fundamental na sobrevivência sustentável e prosperidade em ambientes espaciais.

Tudo o que sabemos sobre o Windows 12

Durante a conferência Build 2023 da Microsoft, foi vista uma captura de tela exibindo o evento “próxima geração do Windows”, o que levou algumas pessoas a acreditarem que a versão do Windows 11 lançada entre os meses de setembro e novembro de 2023 será a última. Dessa maneira podemos esperar que o Windows 12 seja lançado em 2024, rumor reforçado por alguns especialistas. Levando em consideração o padrão da Microsoft em trazer grandes novidades no outono norte-americano, é possível que o Windows 12 seja lançado também durante os meses de setembro e novembro, de 2024.

Uma possível imagem do Windows 12 acabou vazando durante outro evento da empresa, o Microsoft Ignite 2022. Nela foi possível identificar novidades como uma barra de tarefas flutuante, em vez de uma ponta a ponta; caixa de pesquisa também flutuante na parte superior da tela, ícones do sistema fixados no canto superior direito da tela e outros detalhes.

Outra especulação está acerca da aderência ao novo sistema operacional. Informações afirmam que o Windows 12 se tornará mais compatível com a maioria dos computadores do que o atual Windows 11. Você também está ansioso pelo lançamento do próximo Windows?

1º embrião sintético do mundo

Pesquisadores do Reino Unido e Estados Unidos criaram um embrião sintético a partir de células-tronco, sem a necessidade de utilizar materiais como esperma ou óvulos. Apesar da novidade, ainda estamos falando de níveis fundamentais do projeto, pois estes óvulos não contam com cérebro ou batimentos cardíacos, para se ter noção.

A pesquisa traz questões éticas e legais em muitos países, incluindo os Estados Unidos, onde não há leis que regem a criação ou desenvolvimento de embriões sintéticos. O ritmo das descobertas e o aumento na sofisticação desses modelos têm criado um alerta entre os especialistas em bioética.

Apesar de ser uma grande notícia, um teste em ratos já havia sido feito e com sucesso. A Dra. Magdalena Zernicka-Goetz, professora de biologia e engenharia biológica na Universidade de Cambridge, afirmou que a pesquisa foi aceita por uma revista científica renomada, mas ainda não foi publicada. 

Zernicka-Goetz, sua equipe e outra equipe em Israel, já falaram sobre a criação de estruturas semelhantes a embriões de ratos a partir de células-tronco. Os resultados mostraram os primeiros indícios de um cérebro, coração e até mesmo um trato intestinal após quase oito dias de desenvolvimento.

Atualmente os embriões sintéticos estão armazenados em tubos de ensaio. É ilegal implantá-los em um útero. Pesquisas com células-tronco de ratos e macacos mostraram que, mesmo quando os cientistas tentaram realizar implantes, eles não sobreviveram. Isso provavelmente ocorre porque os pesquisadores ainda não descobriram como reproduzir completamente as condições da gravidez de maneira natural.

Vale lembrar que a intenção primária desses estudos não é o de criar vida, mas sim de evitar sua perda, entendendo os motivos dos embriões às vezes não conseguirem se desenvolver após a fertilização e implantação, ideia reforçada inclusive pela doutora Zernicka-Goetz.

Veja também:

Confira a nossa última edição do Showmetech TRIO! Como de costume falamos sobre diversos assuntos relacionados a games, tecnologia e cultura pop. Dá só uma olhada no que trouxemos:

• Gerador de música do Meta;
• Cruzeiro sustentável;
• Robô “orgânico”.

Fonte: Época Negócios, Universo Racionalista e CNN.

Revisado por Glauco Vital em 19/6/23.