Índice
- A era arcade
- A revolução 3D
- Era dos consoles
- Problematização da violência nos jogos de tiro
- Modernização e diversificação do gênero
- O futuro e as realidades mistas (VR/AR)
- Os 25 melhores jogos de tiro da história
- Wolfenstein 3D (1992)
- Doom (1993)
- GoldenEye 007 (1997)
- Half-Life (1998)
- Medal of Honor (1999)
- Quake 3 Arena (1999)
- Unreal Tournament (1999)
- Counter-Strike (2000)
- Perfect Dark (2000)
- Deus Ex (2000)
- Halo 2 (2004)
- Black (2006)
- BioShock (2007)
- Call of Duty 4: Modern Warfare (2007)
- Crysis (2007)
- Team Fortress 2 (2007)
- Left 4 Dead 2 (2009)
- Call of Duty: Black Ops (2010)
- Battlefield 3 (2011)
- Far Cry 3 (2012)
- Destiny (2014)
- Doom (2016)
- Overwatch (2016)
- Valorant (2020)
- Half-Life: Alyx (2020)
- Descubra mais sobre Showmetech
Desde os primórdios dos jogos eletrônicos, os gamers têm sido cativados pela imersão proporcionada pelos jogos de tiro em primeira pessoa ou first person shooters (FPS). Essa categoria singular de jogos transporta os jogadores para mundos repletos de desafios, adrenalina e estratégia, tudo visto através dos olhos do protagonista. Ao longo das décadas, testemunhamos uma evolução notável nesse gênero, desde os gráficos rudimentares e ambientes simplificados até os visuais hiper-realistas e narrativas complexas dos dias atuais.
Iremos explorar essa jornada através do tempo da história dos videogames, mergulhando nas eras dos jogos FPS e traçando a evolução técnica, narrativa e cultural desses jogos. À medida que nos aventuramos por essas trincheiras virtuais, também nos propomos a destacar os 30 melhores jogos de tiro em primeira pessoa de todos os tempos, cada um deixando sua marca única na história desse gênero.
A era arcade
No início de tudo, quando os pixels eram grandes e as capacidades gráficas eram limitadas, os jogos de tiro deram seus primeiros passos nos fliperamas. A década de 1970 marcou o surgimento de uma forma de entretenimento eletrônico que mudaria para sempre o mundo dos jogos: os fliperamas.
O jogo que é considerado por certos historiadores como o pioneiro dentre os first person shooters foi o Spasim. Um jogo desenvolvido pela University of Illinois Urbana-Champaign, um grupo de pesquisa da Universidade de Illinois nos EUA, onde o jogador se aventurava por um território inexplorado de gráficos tridimensionais simples, permitindo batalhas multiplayer em um ambiente tridimensional. Apesar de sua simplicidade, Spasim foi uma semente plantada, apontando para o potencial dos jogos FPS.
A verdadeira explosão ocorreu com Maze War em 1974, um jogo que permitiu que os jogadores explorassem um labirinto tridimensional, vislumbrando uma perspectiva que, até então, era praticamente inédita. A partir desse ponto, os fliperamas começaram a testemunhar um aumento considerável de interesse dos jogadores por experiências mais imersivas, desencadeando uma busca incansável pela próxima inovação.
Em 1980, Battlezone emergiu como um marco crucial na evolução dos jogos de tiro em primeira pessoa. Desenvolvido pela Atari, o jogo transportava os jogadores para o interior de um tanque em um campo de batalha tridimensional, uma experiência que alguns considerariam uma antecipação da realidade virtual. Os visores rudimentares forneciam uma visão única, e o simples controle de joysticks oferecia uma sensação de imersão que anteriormente era inédita.
Na década de 1980, os fliperamas testemunharam o advento dos light gun shooters, onde os jogadores podiam mirar e atirar em uma tela usando armas de luz. Devido às limitações técnicas, esse tipo de jogo só foi se tornar mais popular posteriormente com Time Crisis, Virtua Cop, TimeSplitters e outros. Um ponto fora da curva nesse período foi Duck Hunt (1984), lançado para o console Nintendo Entertainment System (NES), que se tornou um ícone do subgênero estendendo a influência dos jogos de tiro em primeira pessoa para os lares dos jogadores.
Durante a década de 1980, os desenvolvedores enfrentaram desafios técnicos significativos ao tentar aprimorar os gráficos e a jogabilidade dos jogos de tiro em primeira pessoa, tentando ainda encontrar a forma correta de se fazer esse tipo de jogo dada as condições tecnológicas da época. Ao encerrar esse período, os fliperamas tinham firmemente estabelecido os jogos de tiro em primeira pessoa como uma força importante na indústria de videogames, mas aquilo era apenas o início de um fenômeno que foi explodir na década de 90 com Wolfenstein e Doom.
A revolução 3D
O início da década de 1990 marcou uma virada radical na evolução dos jogos de tiro em primeira pessoa, com a introdução de gráficos 3D e ambientes tridimensionais nos consoles e computadores de casa. A trilha para essa revolução começou com o lançamento de Wolfenstein 3D em 1992 pela id Software, pelas mãos dos lendários programadores John Carmack e John Romero. Este jogo não apenas introduziu uma perspectiva completamente nova, mas também proporcionou aos jogadores a experiência imersiva de explorar corredores tridimensionais e definiu muitos dos conceitos que são utilizados até hoje. O jogo foi um divisor de águas, demonstrando o potencial e a viabilidade de criar mundos virtuais tridimensionais mais interativos.
Se Wolfenstein 3D pavimentou o caminho, Doom, lançado em 1993 pelas mesmas pessoas, foi a explosão que redefiniu os padrões do gênero. O novo jogo incorporou um novo motor gráfico avançado para a época, proporcionando aos jogadores uma experiência visceral e intensa. O primeiro Doom foi uma inovação em diversos aspectos, desde a jogabilidade rápida até o design de níveis complexos, criando um ambiente de horror sci-fi que absorvia os jogadores como nunca antes.
A popularidade de Wolfenstein 3D e, especialmente, de Doom transcendeu as fronteiras dos PCs e encontrou seu caminho para os consoles de videogame. A adaptação bem-sucedida desses jogos para plataformas como o Super Nintendo e o Sega 32X do Mega Drive expandiu significativamente sua base de jogadores, tornando os jogos first person shooters acessíveis a uma audiência mais ampla.
A capacidade crescente dos computadores domésticos na década de 90 para lidar com gráficos 3D contribuiu para a transição dos fliperamas para os lares, democratizando a experiência de jogos de tiro em primeira pessoa. Posteriormente, a chegada de novos consoles com mais poder de processamento nos anos 2000 seria a virada de chave que o gênero precisaria para se tornar ainda maior.
Era dos consoles
O lançamento do PlayStation 1 em 1994 marcou um ponto de virada. A capacidade de usar CDs permitiu que os desenvolvedores incluíssem gráficos mais avançados, narrativas mais envolventes e trilhas sonoras de alta qualidade. Jogos como Medal of Honor (1999) entraram em cena, oferecendo uma abordagem mais cinematográfica ao gênero, mergulhando os jogadores em experiências de guerra autênticas e imersivas.
Enquanto isso, o Nintendo 64, lançado em 1996, contribuiu significativamente – apesar de ainda usar fitas como mídia – para a evolução dos jogos de tiro em primeira pessoa, principalmente com GoldenEye 007 (1997). Este jogo não apenas introduziu muitos jogadores ao mundo dos jogos FPS pela primeira vez, mas também revolucionou o multiplayer local, proporcionando horas de diversão entre amigos.
No universo dos PCs, Half-Life (1998), desenvolvido pela Valve, foi um marco. Com uma narrativa envolvente e um sistema de jogo inovador, Half-Life demonstrou que os jogos de tiro em primeira pessoa poderiam ser mais do que apenas tiroteios frenéticos. A introdução do motor Source, utilizado posteriormente em jogos como Counter-Strike: Source, continuou a influenciar o gênero por anos.
Problematização da violência nos jogos de tiro
Os avanços tecnológicos permitiram uma representação cada vez mais realista da violência nos jogos de tiro em primeira pessoa. Gráficos impressionantes e efeitos visuais detalhados muitas vezes transformam os confrontos virtuais em experiências que se assemelham muito à realidade. Isso começou a levantar a questão sobre até que ponto a representação gráfica da violência pode afetar a percepção dos jogadores sobre o seu significado e impacto.
Durante a década de 90, graças ao aprimoramento gráfico, ao lado de Mortal Kombat, diversos jogos de tiro se tornaram o centro das atenções de muitas pessoas sobre a violência gráfica e cada vez mais realista nos videogames. Debates que ocorrem até hoje surgiram nessa época sobre se esses jogos têm alguma influência real no comportamento dos jogadores. Enquanto alguns estudos sugerem uma possível correlação entre a exposição à violência virtual e comportamentos agressivos, outros argumentam que os jogos são apenas uma forma de expressão artística e não causam impactos duradouros.
A indústria de jogos de tiro em primeira pessoa resistiu a tentativas de censura, argumentando em favor da autonomia criativa e da liberdade de expressão. As empresas desenvolvedoras muitas vezes destacam que os jogos são formas de entretenimento ficcional e que a responsabilidade final recai sobre pais e responsáveis para monitorar e controlar o acesso de crianças a conteúdos não apropriados.
Por fim, a introdução e a aplicação de sistemas de classificação etária, como o ESRB (Entertainment Software Rating Board), desempenharam um papel importante na gestão do acesso a conteúdos violentos. Esses sistemas ajudam os pais a tomar decisões informadas sobre quais jogos são apropriados para seus filhos, fortalecendo a responsabilidade individual na seleção de conteúdos adequados.
Modernização e diversificação do gênero
Com a popularização da internet banda larga, os jogos de tiro em primeira pessoa deram um salto significativo na direção do multiplayer online nos anos 2000. Títulos como Counter-Strike (1999) e Quake III Arena (1999) tornaram-se pioneiros na experiência competitiva online, estabelecendo as bases para o surgimento dos eSports. A competitividade em tempo real, os torneios online e as comunidades crescentes transformaram os FPS em experiências sociais e desencadearam uma era de competição virtual, fomentado principalmente no Brasil pelas lan houses.
A década de 2010 foi responsável por gerar uma maior diversificação de tipos de jogos de tiro em primeira pessoa, exemplificada por títulos como BioShock (2007) e Far Cry 3 (2012), que incorporaram elementos de RPG e apresentaram ótimas narrativas, acrescentando profundidade ao gênero, que no princípio era caracterizado como algo mais focado em gameplay e diversão.
A modernização dos FPS não se limitou apenas à jogabilidade, mas também à diversificação de temas e estilos. Títulos como Destiny (2014) e Titanfall (2014) incorporaram elementos de ficção científica e futurismo, enquanto Overwatch (2016) introduziu uma abordagem única com personagens distintos e estilos de jogo variados.
A modernização e diversificação do gênero de jogos de tiro em primeira pessoa refletem não apenas os avanços tecnológicos, mas também a adaptabilidade da indústria às expectativas em constante mudança dos jogadores. À medida que entramos em uma nova era de inovação, podemos contemplar as futuras possibilidades que continuarão a expandir e aprimorar a experiência dos jogos FPS.
O futuro e as realidades mistas (VR/AR)
Por fim, o que esperar do futuro dos jogos de tiro em primeira pessoa? O horizonte dos jogos FPS continua a expandir, especialmente com a promissora evolução das tecnologias de Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR). Estas realidades oferecem um vislumbre do futuro, onde a interação virtual e o mundo físico se entrelaçam, proporcionando experiências de jogo nunca antes vistas.
A evolução da tecnologia de VR já proporcionou experiências novas nos jogos de tiro em primeira pessoa. A capacidade de os jogadores mergulharem completamente em ambientes tridimensionais, interagirem de maneira mais natural com o ambiente e vivenciarem a jogabilidade de forma mais intensa tem sido um marco, apesar da pouca acessibilidade desses títulos, principalmente no Brasil. Jogos como Half-Life: Alyx (2020) demonstraram o potencial de criar narrativas e cenários realistas que elevam a experiência do FPS a um novo patamar.
Além disso, com a evolução tecnológica, é esperado que cada vez mais jogos consigam entregar experiências imersivas mesmo fora da tecnologia VR ou AR e cada vez mais estúdios conseguem fazer mais e utilizando menos orçamento para viabilização do desenvolvimento do game. Com isso, estúdios indies deverão explorar ainda mais os limites de criatividade e criar uma nova revolução do gênero com novas formas de se jogar.
Os 25 melhores jogos de tiro da história
Wolfenstein 3D (1992)
Lançado em 1992 pela id Software, Wolfenstein 3D é um marco crucial na história dos jogos de tiro em primeira pessoa. O jogo é pioneiro e definiu as bases do gênero, introduzindo gráficos 3D e mecânicas de tiro em ambiente tridimensional. Com seu protagonista, B.J. Blazkowicz, os jogadores enfrentaram nazistas em labirintos virtuais. A implementação inovadora de um motor gráfico 3D influenciou diretamente o desenvolvimento de títulos subsequentes, estabelecendo as fundações para o boom dos FPS nos anos seguintes.
Doom (1993)
Também lançado pela id Software, pela dupla lendária John Romero e John Carmack, Doom foi responsável por continuar e popularizar a revolução dos jogos na história do FPS. Utilizando a engine gráfica do Wolfenstein 3D de maneira muito mais fluida e frenética, o jogo contava com cenários infernais, trilha sonora icônica e Doom rapidamente se tornou um fenômeno cultural, estabelecendo fundamentos importantes para futuros first person shooters. Além de seu impacto técnico, o jogo introduziu o modo multiplayer competitivo, consolidando seu lugar na história dos jogos e inspirando gerações de títulos subsequentes.
GoldenEye 007 (1997)
Lançado pela Rare para o Nintendo 64 em 1997, GoldenEye 007 ficou marcado na infância de vários jogadores que passaram horas e horas se divertindo com seus amigos e foi a primeira experiência multiplayer de tiro de muitas pessoas. Baseado no filme homônimo de James Bond, tornou-se lendário pelos gráficos avançados, design de níveis inovador e controles precisos. Com sua experiência multiplayer que proporcionava muita diversão entre amigos, o jogo estabeleceu padrões para futuros jogos de tiro, influenciando o gênero e destacando-se como um dos títulos mais aclamados e amados da era do Nintendo 64.
Half-Life (1998)
Half-Life é um divisor de águas na história dos jogos FPS. O game, protagonizado por Gordon Freeman, inovou ao integrar uma narrativa envolvente e imersiva sem cortes ou telas de carregamento, proporcionando uma experiência contínua. O motor Source utilizado no jogo se tornou referência, influenciando outros títulos pela sua física precisa. Com seu design inovador, atmosfera envolvente e jogabilidade precisa, Half-Life estabeleceu novos padrões para a narrativa em jogos e solidificou a posição da Valve, desenvolvedora do game, como uma das líderes na indústria de jogos.
Medal of Honor (1999)
Medal of Honor foi lançado pela Electronic Arts e se aproveitou muito do sucesso do filme Resgate do Soldado Ryan para colocar os jogadores em uma experiência quase cinematográfica. Desenvolvido pela DreamWorks Interactive, o jogo se destacou por sua atmosfera imersiva e narrativa inovadora para o gênero. Com ênfase na precisão histórica e na jogabilidade estratégica, Medal of Honor influenciou significativamente os jogos FPS, pavimentando o caminho para futuros títulos baseados em conflitos históricos. O sucesso do game contribuiu para o renascimento do interesse em cenários de guerra na indústria de jogos, deixando uma marca duradoura na história do FPS.
Quake 3 Arena (1999)
Sendo mais um marco importante desenvolvido pela id Software, Quake III Arena se distanciou das campanhas narrativas e colocou o foco central do jogo em combate multiplayer frenético. Com gráficos avançados para a época e jogabilidade intensa, o game definiu padrões para competições online e até hoje é lembrado como uma das sementes dos eSports. A introdução do Rocket Jump e a movimentação ágil contribuíram para sua popularidade, além do fato do jogo também ter sido pioneiro em permitir mods e personalização extensiva, o que gerou toda uma comunidade de modders em torno do game.
Unreal Tournament (1999)
Criado por Cliff Bleszinski, que posteriormente iria trabalhar na série Gears of War, Unreal Tournament, assim como Quake 3 Arena, decidiu focar suas atenções para o cenário multiplayer. O game desenvolvido pela Epic Games se destacou pela jogabilidade veloz, mapas complexos e uma variedade de modos de jogo. A capacidade de combinar ação intensa com gráficos avançados foi inovadora para a época e Unreal Tournament ficou marcado como uma referência em competições multiplayer online, contribuindo para a ascensão do gênero de FPS competitivo.
Counter-Strike (2000)
Entretanto, se Unreal Tournament e Quake 3 Arena plantaram a semente do multiplayer competitivo, Counter-Strike começou a florescer o que viria a ser um fenômeno no futuro. Lançado como um mod para o jogo Half-Life em 2000, o jogo evoluiu para se tornar um fenômeno global nos jogos FPS. Desenvolvido pela Valve, o jogo introduziu um formato único de equipes antiterroristas contra terroristas, com uma jogabilidade estratégica e um sistema de economia, onde os jogadores compram armas entre as rodadas, que adicionou uma profundidade tática. O sucesso de Counter-Strike levou a várias iterações, como o icônico Counter-Strike: Global Offensive (CS: GO) e o atual Counter-Strike 2, mantendo sua relevância como um dos eSports mais populares e influentes da história.
Perfect Dark (2000)
Lançado em 2000 para o Nintendo 64 pela Rare, Perfect Dark é uma joia nos jogos de tiro em primeira pessoa. Desenvolvido como sucessor espiritual de GoldenEye 007, o jogo apresentou uma narrativa complexa e modos multiplayer inovadores para a época. Sua protagonista, Joanna Dark, tornou-se uma figura icônica. Perfect Dark também introduziu elementos como personalização de armas e habilidades especiais, ampliando a jogabilidade.
Deus Ex (2000)
Lançado em 2000 pela Ion Storm, Deus Ex é uma obra-prima nos jogos de tiro em primeira pessoa e um dos jogos a popular o termo immersive sim, que é conhecido pelo foco em narrativa e jogabilidade inovadora com leitura de documentos para um melhor entendimento do mundo. Combinando elementos de ação, RPG e furtividade, o jogo permite escolhas significativas, impactando diretamente a trama. Ambientado em um futuro cyberpunk, Deus Ex aborda temas como conspiração e aprimoramento humano. A implementação bem-sucedida de mecânicas de RPG, narrativa não linear e a liberdade de escolha influenciaram profundamente o design de jogos subsequentes, tornando o game uma referência na indústria dos jogos.
Halo 2 (2004)
Lançado em 2004 para o Xbox, Halo 2 é uma peça central na história dos jogos de tiro em primeira pessoa. Desenvolvido pela Bungie, o jogo aprimorou os elementos que tornaram o primeiro Halo icônico. Introduzindo um modo multiplayer online inovador para consoles, Halo 2 revolucionou a experiência multiplayer e estabeleceu padrões para os jogos seguintes. A narrativa bem desenvolvida e a jogabilidade polida consolidaram a franquia como uma potência na indústria, contribuindo significativamente para a popularização dos jogos de tiro em primeira pessoa em consoles.
Black (2006)
Um clássico do PlayStation 2 e um dos primeiros jogos de tiro de muitos brasileiros, Black foi desenvolvido pela Criterion Games e é famoso por seu foco intenso na ação e nos gráficos impressionantes, oferecendo uma experiência cinematográfica única. O jogo se destacou pela destruição realista do ambiente e pela atmosfera imersiva e, embora não tenha introduzido inovações marcantes, Black é lembrado por sua abordagem visualmente impactante, marcando presença na transição para uma era de jogos de tiro mais realistas e cinematográficos, consolidada com a evolução da série Call of Duty.
BioShock (2007)
Desenvolvido pela Irrational Games (posteriormente conhecida como Ghost Story Games), BioShock é um FPS com elementos de immersive sim que apresenta uma narrativa intrigante e uma atmosfera única em Rapture, uma cidade subaquática distópica. Com um enredo profundo que explora escolhas éticas e morais, BioShock transcendeu as convenções do gênero FPS. O uso inovador de poderes genéticos (Plasmídeos), a ambientação impressionante e a trilha sonora memorável contribuíram para ser um dos jogos mais aclamados de sua geração.
Call of Duty 4: Modern Warfare (2007)
Lançado em 2007 pela Infinity Ward, Call of Duty 4: Modern Warfare é um divisor de águas nos jogos de tiro em primeira pessoa. Abandonando os cenários históricos, o jogo trouxe a ação para um ambiente contemporâneo, redefinindo o gênero militar. Com uma campanha intensa e um multiplayer viciante, Modern Warfare introduziu mecânicas como o sistema de progressão e personalização de armas, moldando a experiência multiplayer moderna e tornou a série um fenômeno global que perdura por três gerações diferentes dos videogames.
Crysis (2007)
Mas roda Crysis? Quem tinha um PC em 2007 e 2008 já ouviu muito essa pergunta. Crysis foi desenvolvido pela Crytek e é um jogo ambientado em uma ilha fictício, onde se destacou pelos visuais incríveis, impulsionados pelo motor CryEngine. Além dos gráficos impressionantes para sua época, o jogo ofereceu uma experiência não linear, permitindo aos jogadores escolherem abordagens táticas diversas. A introdução do Nanosuit, que concede habilidades como camuflagem e força sobre-humana, ampliou a jogabilidade tática, tornando ele um game com diversas possibilidades de gameplay.
Team Fortress 2 (2007)
Se existe Overwatch hoje é porque em 2007 existiu Team Fortress 2. O jogo desenvolvido pela Valve é um ícone nos jogos FPS, reconhecido por sua abordagem única e estilo artístico. Como parte do pacote The Orange Box, o jogo introduziu um elenco diversificado de personagens, cada um com habilidades distintas, promovendo a cooperação estratégica. O design de classes, o humor peculiar e o suporte contínuo da comunidade fizeram de Team Fortress 2 um sucesso duradouro. Seu modelo de negócios inovador, oferecendo suporte constante e atualizações gratuitas, influenciou o mercado de jogos online e contribuiu para a popularização dos jogos de tiro em equipe.
Left 4 Dead 2 (2009)
Temos mais um jogo da Valve na lista! Left 4 Dead 2 é um jogo de tiro que ficou caracterizado e popular pelo seu gameplay focado em cooperação. Ambientado em um apocalipse zumbi, o jogo desafia os jogadores a trabalharem juntos para sobreviver a hordas de infectados. A jogabilidade dinâmica, mapas variados e a inteligência artificial adaptativa, que ajusta a dificuldade de acordo com o desempenho do jogador, foram inovações significativas.
Call of Duty: Black Ops (2010)
Lançado em 2010 pela Treyarch, Black Ops é considerado por diversos jogadores como o auge da franquia Call of Duty e o auge de popularidade do próprio gênero de jogos FPS. Em uma época de ascensão do YouTube e de criadores de conteúdo de games, o jogo se beneficiou disso com um multiplayer que introduziu novos recursos, incluindo o sistema de CoD Points e Killstreaks, ampliando a estratégia e a personalização. Black Ops também estreou o modo Zombies, tornando-se uma parte integral da série. Com gráficos sólidos e inovações no multiplayer, o jogo recebeu aclamação crítica e manteve o domínio da franquia Call of Duty na indústria.
Battlefield 3 (2011)
Ao lado do sucesso de Call of Duty, existiu um jogo que conseguiu igualar a popularidade e em alguns momentos até superar. Battlefield 3 foi lançado em 2011 e desenvolvido pela DICE e é focado em mapas gigantescos que simulam uma guerra real e pelo uso de veículos no combate e locomoção. A campanha solo foi complementada por um multiplayer expansivo, introduzindo modos como o aclamado Rush. Battlefield 3 inovou com sua abordagem colaborativa, oferecendo uma experiência diversificada com combates terrestres, aéreos e aquáticos que ficou muito popular em vídeos em um YouTube em ascensão na internet.
Far Cry 3 (2012)
Em 2012, foi a vez da Ubisoft atingir o auge de uma franquia de um jogo de tiro em primeira pessoa. Far Cry 3 foi responsável por influenciar em todos os grandes lançamentos da empresa nos anos subsequentes devido aos seu sucesso estrondoso. Ambientado em uma ilha tropical, o jogo apresenta um antagonista memorável, Vaas Montenegro, e mergulha os jogadores em uma experiência de sobrevivência intensa. Com uma variedade de missões, veículos e oportunidades para interação com o ambiente, Far Cry 3 trouxe uma nova abordagem ao gênero de jogos FPS.
Destiny (2014)
Lançado em 2014 pela Bungie, Destiny é um jogo de tiro em primeira pessoa que transcende as fronteiras tradicionais do gênero. Fundindo elementos de jogos FPS com mecânicas de RPG e MMO, Destiny oferece uma experiência única de aventura espacial. Os jogadores exploram planetas, enfrentam inimigos e participam de atividades colaborativas em um universo compartilhado que fez com que o game se tornasse uma experiência completamente social. O jogo introduziu o conceito de shooter MMO e impressionou com visuais deslumbrantes e gameplay bem desenvolvido pelos mesmos criadores da série Halo.
Doom (2016)
De volta às origens! Doom retornou após muitos anos para novamente trazer um gameplay frenético para uma nova geração. Reimaginando o clássico de 1993, o jogo trouxe gráficos modernos, mecânicas de combate aceleradas e uma trilha sonora intensa. O novo Doom se destacou pela abordagem push-forward combat, recompensando os jogadores ao enfrentarem inimigos de forma agressiva para sobreviver.
Overwatch (2016)
Pegando a fórmula de sucesso de Team Fortress 2, Overwatch foi lançado pela Blizzard em 2016 e fez muito sucesso ao combinar ação intensa com elementos de jogo em equipe e heróis únicos, consolidando o gênero hero shooter. O jogo apresenta uma variedade de personagens, cada um com habilidades distintas, promovendo estratégias colaborativas. Overwatch é reconhecido por seu design colorido, narrativa rica e contínua ênfase na jogabilidade competitiva.
Valorant (2020)
Foi uma surpresa para todos quando ocorreu o anúncio de que a Riot Games, empresa por trás de League of Legends, estava trabalhando em um jogo de tiro em primeira pessoa focado em competitivo. Pode se dizer que Valorant uniu o melhor que existe em Overwatch com o melhor que existe em Counter-Strike e trouxe uma abordagem inovadora aos jogos de tiro táticos, fundindo elementos de jogabilidade de tiros com habilidades especiais de personagens, o jogo introduziu um cenário competitivo único e de muito sucesso. Com um elenco diversificado de agentes, cada um com habilidades únicas, Valorant destacou-se por seu foco estratégico e colaborativo.
Half-Life: Alyx (2020)
Por último, temos um jogo que aponta um pouco para o que pode ser o futuro do gênero. Lançado pela Valve, Half-Life Alyx oferece uma experiência imersiva, explorando novas possibilidades narrativas e de jogabilidade utilizando a tecnologia de realidade virtual (VR). Alyx eleva os padrões de qualidade gráfica e interatividade, proporcionando aos jogadores uma perspectiva única dentro do universo Half-Life, como um dos primeiros títulos exclusivos de grande porte em VR.
Curtiu conhecer um pouco sobre a história dos first person shooters? Conte nos comentários o seu jogo favorito do gênero!
Fontes: Wikipédia, PC Gamer, Gameopedia e Culture of Gaming.
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (20/12/23)
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