Na semana passada, vazou na internet uma versão preliminar do novo Microsoft Edge, que é baseada no Chromium. Com isso, já é possível perceber que o navegador promete ser um grande rival do Google Chrome, o favorito de muitos usuários.
A verdade é que, com o Edge, a Microsoft tentou apagar as lembranças ruins do falecido Internet Explorer (IE), que deixava a desejar e vivia travando. Atualmente, o Edge está mais consolidado e quase ninguém insiste no IE.
No final do ano passado, a Microsoft anunciou que estava desistindo do EdgeHTML e passaria a optar pelo Chromium, que é de código aberto e é o mesmo no qual o código-fonte do Google Chrome é baseado. Só isso já nos fazia pensar que muitas novidades estavam por vir, o que foi confirmado com a versão que vazou. Embora a empresa não tivesse anunciado uma data para o lançamento oficial, era esperado que ela saísse no início deste ano.
Anaheim: a nova versão do Microsoft Edge
A nova versão do Microsoft Egde é chamada “Anaheim”. Dentre as vantagens de usar o mesmo renderizador do Chrome é possível citar que, agora, alguns sites (como o YouTube) estão mais rápidos e travando menos. Porém, a Microsoft conseguiu fazer com que o novo Edge consuma menos memória RAM que o Chrome e que a sua própria versão anterior.
Nesse ponto vale ressaltar que o alto consumo de memória pelo Chrome é uma das desvantagens do navegador e um problema enorme para computadores não tão potentes. Se conseguir oferecer recursos semelhantes com um menor consumo, o novo Microsoft Edge pode atrair muitos usuários.
O novo Microsoft Edge ainda não tem todos os recursos previstos, mas já mostra mais estabilidade e alguns benefícios. Dentre eles, é possível citar um gerenciador de senhas melhor, a pesquisa no histórico do navegador, suporte para as extensões do Google Chrome, melhor suporte aos Progressive Web Apps (PWA) e mais. Como a versão ainda não é a oficial, ainda há alguns recursos que devem ser incorporados.
No quesito design, ele é parecido com o Chrome, mas sem perder os detalhes característicos da Microsoft. Na estabilidade, a Microsoft ganhou muito ao migrar do não tão estável EdgeHTML para o Chromium. Isso permite que o novo Edge possa competir lado a lado com o Google Chrome nesse ponto.
Para sincronizar os dados com a nuvem, é preciso fazer login com a conta da Microsoft. Não é possível fazer isso com a conta do Google, mas você pode importar os dados do Chrome para o Edge e fazer a sincronização. O processo é simples e não há desvantagem significativa na mudança de navegador desse ponto de vista. Assim, o usuário tem mais compatibilidade e mais praticidade para alternar entre os navegadores.
Porém, a maior semelhança entre Chrome e Edge levanta certos questionamentos. Considerando-se que os três navegadores que possuem grande popularidade no Windows são Google Chrome, Microsoft Edge e Firefox, uma semelhança entre os dois primeiros deixa o Firefox como a opção mais provável para quem não quer usá-los. Mas a padronização não deixa de ser benéfica para desenvolvedores web, que podem ficar mais tranquilos com relação à otimização das suas páginas.
Ainda, a Microsoft planeja fazer uma versão do navegador para o MacOS no futuro. Por enquanto, ela só está disponível para Windows. Porém, como é baseada no Chromium, a esperança é de que uma versão para o Linux também seja disponibilizada mais para frente.
Uma visão do novo Microsoft Edge
Dentre as novidades, você pode ativar o feed de notícias, ver o seu perfil logado e adicionar um novo perfil (mesmo se o seu estiver logado). Ao expandir a aba lateral direita, você pode visualizar a opções, que incluem extensões, apps, configurações e mais. Ao clicar em configurações, você pode explorar vários itens, como a aparência, os perfis, as senhas salvas, downloads, idiomas e mais. Nas informações de perfil, você consegue importar todos os seus dados de outros navegadores.
Nas extensões, é possível instalar todas as disponíveis para o Chrome e, se elas não estiverem na loja da Microsoft, você pode obtê-las na loja do próprio Chrome. Basta clicar no ícone de permissão de obtenção de extensões de outras lojas. Na aba de customização de aparências do novo Edge também é possível editar o zoom, o tipo de fonte, o tamanho, etc. Com relação ao uso do navegador, se você testar o YouTube, por exemplo, verá que ele está mais rápido.
No vídeo abaixo você confere o visual e as ferramentas do Microsoft Edge (na versão não oficial).
Com relação às versões antigas, o novo Microsoft Edge é muito promissor. A expectativa é que, no quesito desempenho, ele esteja no mesmo patamar do Chrome. A diferença entre eles é que a Microsoft dará alguns recursos especiais para o seu navegador, tornando-o mais característico e tentando atrair mais usuários. Se conseguir consolidar bem o novo Edge, a Microsoft pode deletar de vez as más recordações sobre o Internet Explorer.
Fontes: Windows Central; The Verge.