Um pânico maior que o causado pela subida do dólar na Turquia varreu o mundo na última semana após o The Wall Street Journal soltar um artigo dizendo que o Facebook estaria conversando com bancos para trocar dados bancários por outras informações de seus usuários. O quê? Além de saber nossos dados pessoais, opiniões políticas, ver nossas fotos de férias e nossos vídeos de gatinhos, Mark Zuckerberg quer saber se estouramos o limite do cheque especial? Seria esse o embrião do Facebank?
Segundo o WST, o Facebook pediu aos bancos informações sobre hábitos de compras com cartões de crédito como parte do acordo para utilizar o Messenger como ferramenta de acesso a operações bancárias. O artigo afirma que tanto Google quanto Amazon também vem tentando convencer bancos a compartilharem informações, oferecendo em troca a possibilidade de o Google Assistant e a Alexa ganharem funcionalidades ligadas a serviços bancários.
Não é bem assim, diz Facebook
A notícia foi logo desmentida pela porta voz da pantagruélica rede social, Elisabeth Diana. Ela disse ao site TechCrunch que “um artigo recente do Wall Street Journal implica incorretamente que estamos solicitando ativamente às empresas de serviços financeiros dados sobre transações financeiras – isto não é verdade. Como muitas empresas online que fazem negócios, nós nos associamos a bancos e empresas de cartão de crédito para oferecer serviços como chat com clientes ou gerenciamento de contas. A vinculação de conta permite que as pessoas recebam atualizações em tempo real no Messenger, onde as pessoas podem acompanhar seus dados de transações, como saldos, recibos e atualizações de transferências ”, disse Diana. “A ideia é que a comunicação com um banco seja algo melhor do que ficar esperando ao telefone – e é totalmente opcional. Não estamos usando essas informações para algo além de ativar esses tipos de experiências, nem para publicidade, nem qualquer outra coisa. Uma parte essencial dessas parcerias é manter as informações das pessoas seguras e protegidas.”
WeChat, o futuro do Messenger
O Face já possui um projeto piloto desse tipo de operação em Cingapura. Onde clientes do Citibank podem conectar suas contas ao seu perfil e cutucar pelo Messenger o chatbot do banco para saber seu saldo, alertar para fraudes ou obter informações. Essa integração, que não utiliza humanos na comunicação para evitar fraudes, foi lançada em março deste ano.
Esse tipo de ação nem é uma invenção do próprio Facebook. O WeChat – app chinês que mistura funcionalidades de Uber, iFood, Twitter, Tinder, Decolar e ApplePay, entre outros, já se comunica faz um bom tempo com a conta bancária de seus usuários.