Junto com a visita da presidente Dilma Rousseff à sede da empresa na Suécia hoje, a Ericsson anunciou o apoio à agenda digital do Brasil e comentou sobre o andamento dos testes para implantação da tecnologia de redes 5G no país.
Hans Vestberg, presidente e CEO da Ericsson, comentou: “Estou convencido de que a próxima geração de banda larga móvel e a Internet das Coisas, possibilitadas pelo 5G, vão acelerar ainda mais as oportunidades de avanço em áreas como saúde, educação, serviços de energia e agricultura, e em novas aplicações na indústria.”
Como parte da agenda digital do Brasil, a Ericsson, juntamente com a América Móvil – dona das operadoras Net, Claro e Embratel –, realizará o primeiro teste de 5G no Brasil durante o ano de 2016. Esse projeto é onde a inovação encontra aplicação da nova rede, permitindo que operadoras de telecomunicações e seus parceiros do ecossistema, como instituições acadêmicas, agentes de saúde, energia e agricultura testem as funcionalidades da conexão em uma rede ao vivo.
Além disso, a Ericsson e a América Móvil também irão implementar um sistema de testes para Internet das Coisas (IoT), possibilitando que as indústrias brasileiras e o setor público se preparem para a transformação. Já, essa iniciativa vai focar, especificamente, em aplicações de baixo consumo de bateria, como sensores de baixa potência para áreas remotas.
Vestberg diz: “Para o 5G, nosso foco é entender como os sistemas serão usados tanto pela sociedade quanto pela indústria. Para estar com redes comerciais prontas em 2020, a Ericsson fechou uma parceria com a América Móvil para o primeiro sistema de testes de 5G no Brasil, como uma demonstração clara da nossa vantagem competitiva, e, ao mesmo tempo, uma forma de levar a pesquisa para fora dos laboratórios e para redes de teste ao vivo.”
Além da pesquisa de 5G com a Universidade Federal do Ceará (UFC), anunciada anteriormente, a Ericsson também anuncia hoje programas adicionais com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a serem realizados em 2017:
- Cyber-Physical Systems com USP e UNICAMP: redes que se comunicam sem intervenção humana; sistemas de comunicação autônomos com base em sensores. Eles poderiam, por exemplo, fornecer a base para sistemas rodoviários que se comunicam com autoridades rodoviárias em casos de emergência, sistemas de clima, que monitoram as condições da estrada, e carros autônomos.
- MiMo (multiple-input multiple-output) com UFC: sistemas de 5G com design transceptor com várias antenas em estações rádio base e terminais de usuários (MiMo). O objetivo é aumentar significativamente a capacidade dos sistemas de comunicação móvel atuais.
- D2D (Intelligent radio resource allocation) com UFC: controle e provisão da qualidade de serviço em sistemas 5G. Usando algoritmos e técnicas de alocação de recursos de rádio, a ideia é possibilitar taxas de bits mais elevadas e maior satisfação do usuário para sistemas de comunicação 5G móveis.
A Ericsson teve o papel de coordenadora líder para o METIS I, estabelecendo a base para 5G, e continua com este papel para o METIS II, que lidera o desenvolvimento e a padronização do 5G.
Os pesquisadores trabalham com a tecnologia de quinta geração em altas frequências entre os 10 Ghz e 60 Ghz. Comparativamente, o 4G atual funciona em 2,5 Ghz e 700 Mhz. “As faixas mais altas do espectro de radiofrequência carregam uma quantidade maior de informações”, diz Santos, explicando que por isso o 5G vai ser mais rápido que o 4G.
O objetivo é a implementação comercial esteja completa até 2020.
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