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Os produtos falsificados estão por toda parte e não são um problema recente. A lista é grade e envolve roupas, acessórios, medicamentos, eletrônicos e mais. No caso dos eletrônicos falsos, o risco que eles apresentam é grande, já que o material de baixa qualidade pode pegar fogo ou explodir a qualquer momento.
Além dos problemas de segurança, que oferecem risco para o usuário, há a insatisfação com o produto comprado e as chances de danificar um segundo produto (como um carregador falso pode danificar um celular original) e o problema da origem. Ao comprar um produto falsificado, você pode estar incentivando o trabalho irregular em diferentes locais do mundo (aquele no qual os trabalhadores estão em condições desumanas).
Dentre os eletrônicos falsos, os mais comuns são celulares (principalmente da Apple e da Samsung), carregadores, tablets, pulseiras inteligentes, relógios, etc. Para se ter uma ideia, só neste ano, a polícia já apreendeu mais de 20 toneladas de eletrônicos falsos no Rio de Janeiro. Em Junho, foram apreendidas 6 toneladas, as quais tinham valor estimado de 7 milhões de reais.
No fundo, há quem aceite os riscos e seja adepto do ato de comprar produtos falsificados. Porém, por outro lado, há quem compre produtos falsos acreditando que eles são originais e pagando o preço normal (ou mais caro). Para não cair nesse golpe é preciso fica atento na hora de comprar e seguir algumas dicas.
Como identificar eletrônicos falsos?
Para identificação de eletrônicos falsos há testes padronizados e feitos em laboratórios e empresas, como raio-X, testes elétricos, scanners, testes destrutivos, abertura dos produtos e outros procedimentos complicados. Porém, como ninguém carrega uma máquina de raio-X na mochila quando sai para comprar um eletrônico, há algumas dicas simples que podem te ajudar a escapar de um golpe.
Qualidade do eletrônico e da embalagem
Os eletrônicos originais são de boa qualidade, mesmo que seja uma linha ultrapassada (lembre-se que os ultrapassados já tiveram seus dias de glória). Se você observar pequenos defeitos, como bordas sobressalentes, junções malfeitas, material de baixa qualidade, acessórios ruins, encaixe irregular de peças (como carregador) e mais problemas semelhantes, desconfie.
As dimensões do produto também costumam variar, mesmo que a diferença seja mínima. Carregadores falsos, por exemplo, podem ser um pouco maiores que o normal. As bordas das telas dos celulares também podem diferenciar.
Ainda, vale observar a qualidade da embalagem (principalmente se você está adquirindo um produto novo). Os fabricantes de produtos originais são muito detalhistas com relação ao produto inteiro e isso inclui a embalagem, que é feita com cuidado. Assim, é preciso olhar se o fechamento está irregular, se há borrões na parte escrita, se a logomarca está estranha, se o material é muito inferior, se ela realmente oferece proteção, se há erros gramaticais, etc.
Preço
O preço não é um parâmetro muito bom para avaliar, visto que os eletrônicos falsos podem ser vendidos com o mesmo preço do original. Então, se o preço for normal, continue seguindo as dicas e procurando por possíveis problemas.
Por outro lado, se o preço for absurdamente baixo, é bem provável que “algo errado não está certo”. É praticamente impossível achar um iPhone topo de linha por mil reais, por exemplo (até os usados são mais caros).
Verifique no site da Anatel
No site da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) é possível verificar se o aparelho é um Celular Legal (caso você esteja comprando um celular, claro). A consulta é feita pelo número do IMEI.
O IMEI (International Mobile Equipment Identity, ou Identificação Internacional de Equipamento Móvel, em português) é um número único que serve para identificar o seu aparelho celular. Ele pode ser encontrado de várias formas: colado em um adesivo na parte da bateria, contido da caixa do aparelho celular ou então digitando *#06# no teclado do telefone (como se fosse fazer uma ligação). Há um IMEI para cada chip do aparelho.
Teste o produto
Ao testar, você pode verificar o sistema operacional, a qualidade da câmera, a sensibilidade da tela, as teclas, etc. Os ícones do sistema operacional, por exemplo, podem até ser os mesmos, mas eles costumam apresentar alguma diferença, como nas fontes, além de lentidão.
Mesmo que a embalagem engane e o preço seja o mesmo das outras lojas, há defeitos que você só vai descobrir ao testar. Se for preciso, instale alguns aplicativos que testam o aparelho, como a velocidade de processamento.
Muitos vendedores não deixam testar ou instalar produtos no aparelho, principalmente se eles estiver lacrado. Então, talvez, você só descubra que comprou um aparelho falso depois de pagar por ele. Por isso, vale ficar atento às outras dicas também.
O estabelecimento
Primeiro que, se você comprar um eletrônico sem nota fiscal do vendedor da esquina ou da porta do metrô, a chance de que ele seja falsificado é muito elevada. Ao comprar na internet, a insegurança também é grande quando a compra é feita em contato direto com o vendedor e não com uma loja reconhecida.
No entanto, comprar em um estabelecimento físico também não te dá garantias de que os eletrônicos não sejam falsos. Preste atenção nas características do local, na forma como o vendedor se porta e nos alvarás que o local possui. E, claro, sempre peça a nota fiscal.
Para ambos os casos, você pode procurar por avaliações da loja ou do vendedor na internet e verificar se há reclamações ou processos contra eles. Se as reclamações forem pertinentes e o número for grande, é bom evitar.
Juntando todas essas dicas é possível escapar de uma enrascada compra de eletrônicos falsos. Fique atento!
Fontes: PBCart; All About Circuits.
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