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Wi-Fi é algo que indiscutivelmente todos nós conhecemos, mas você já tirou alguns momentos e se perguntou de onde ele surgiu? Em 2019, o nosso tão querido e amado Wi-Fi completa 20 anos e essa data não pode ser deixada em branco.
Nesse especial, contamos para você um pouco da história de origem dessa invenção que hoje nos conecta e nos cerca por onde vamos, e claro, todos os tipos de Wi-Fi e como ele evoluiu ao longo dos anos.
A origem do inesperado
Em 1999, foi fundada uma empresa chamada de Wi-Fi Alliance pela qual era responsável por vender equipamentos com a frequência IEEE 802.11, ou seja, equipamentos que usavam frequência sem fio para a troca de dados e informações.
Com o passar do tempo, a mesma empresa notou que o nome “Equipamentos com a frequência IEEE 802.11 e um algoritmo para troca de dados” não era um nome tão bom para seu produto que já estava começando a fazer sucesso. Então, decidiram contratar uma equipe de marketing e marca da Interbrand para que ajudassem a empresa a decidir um nome melhor para seu produto.
Phil Belanger, um dos membros fundadores da Wi-Fi Alliance estava presente durante a seleção de nomes do produto de sua empresa, e disse que o termo “Wi-Fi” era utilizado como uma brincadeira entre os colegas por soar parecido com o termo americano “Hi-Fi” que significa High Fidelity, um termo usado para identificar e apontar equipamentos de primeira e de confiança. E assim, nasceu o termo Wi-Fi!
Assim como vários produtos que você consegue distinguir somente pelas cores ou pela logo-marca, a clássica logo do Wi-Fi é inconfundível em qualquer lugar. Mas você sabe o que ela significa?
O Ying-Yang presente não só nas cores mas também como na logo do Wi-Fi, simbolizam a interpolação da tecnologia com dispositivos terceiros, ou seja uma harmonia completa entre eles. E isso não é nenhum tipo de conhecimento geral, isso são fatos. O Wi-Fi nos completa, nos cerca e nos conecta todos os dias.
Já parou para notar o quão conectado você é? Seja por redes sociais, por mídia, informações, notícias, jogos, o que for, você está conectado onde quer que esteja, e uma frequência e responsável por isso, o Wi-Fi.
Evolução do Wi-Fi através dos anos
Assim como a tecnologia e até o desenvolvimento, a conexão foi se adaptando e evoluindo através dos anos, e a conexão sem fio não é uma exceção dessa evolução. Crescendo gradativamente e aprendendo com seus erros, a conexão e seu algoritmo foram se tornando cada vez maiores e, junto a eles, a sua taxa de frequência e a troca de dados também.
Inicialmente em 1997, equipamentos com a tecnologia e ao algoritmo IEEE 802.11 que hoje em dia é obsoleto, equipamentos de distribuição de rede conseguiam alcançar uma frequência de 2.4 GHz (Gigahertz), que funcionava como o alcance da frequência do Wi-Fi na zona que você se encontrava, variando entre 15~20 metros com essa frequência e também com uma troca de dados de 1 a 2 mbp/s (megabits por segundo), o que era considerado bastante rápido para a época.
Como já dito anteriormente, o algoritmo passou por diversas mudanças e claro, tudo aquilo o que muda, evolui. Nós citamos aqui brevemente a evolução do algoritmo Wi-Fi ao decorrer dos anos:
- 802.11b (1999) foi o marco da primeira mudança no algoritmo, onde ele conseguia agora trabalhar com uma troca de dados maior, indo de 1, 2, 5.5, até 11Mbp/s mas mantendo a frequência em 2.4Ghz;
- 802.11a (1999) ainda no mesmo ano, mudando sua taxa de troca de dados para uma escala maior, elevando-a para até 54Mbp/s. Contando também com uma taxa de frequência maior, alcançando 5.5Ghz;
- 802.11g (2003) ainda mantendo os mesmos padrões, o algoritmo somente aumenta o alcance de sua taxa de transmissão, fazendo assim com que ela cubra até 38 metros, 18 metros a mais que o inicialmente desenvolvido;
- 802.11 (2007) várias versões foram lançadas para concertar pequenos problemas com conexão e troca de dados na rede sem fio, identificadas pelas letras d,e,g,h,i,j mas com pouca relevância ao serem catalogadas. Todas acabaram se unificando e se tornaram a versão IEEE 802.11-2007 do algoritmo;
- 802.11n (2009) adicionando agora a função de conexão e adequação de múltiplas antenas nos equipamentos com o algoritmo, o Wi-Fi começa a tomar força. Podendo utilizar taxas agora de 2.4 e 5.0Ghz em um mesmo dispositivo, o algorítimo também se adequar a uma nova troca de dados, podendo ir de 72.2 até 150 Mbps/s. Aumentando também sua capacidade máxima de alcance, para até 70 metros;
- 802.11 (2012) assim como em 2007, neste ano foram catalogadas as versões que corrigiam pequenos problemas nos algoritmos anteriores, nomeadas de k,r,y,n,w,p,z,v,u,s, todas foram unificadas como IEEE 802.11-2012.
- 802.11ac (2013) sem modificação em seu alcance total, esta é a última versão já lançada do algoritmo, que consegue trabalhar em diversos tamanhos em sua troca de dados, indo de 200 Mbps/s com um limite máximo de até 1.73Gbp/s em alguns equipamentos, mantendo é claro, sua frequência de 5.0Ghz para todos os dispositivos atuais.
Essa nomenclatura do algoritmo, no entanto, foi descartada, e no lugar dela os algoritmos em conjunto foram recebendo versões acompanhadas do nome da tecnologia. Segue abaixo como ficou agora:
- Wi-Fi 802.11b se tornou Wi-Fi 1;
- Wi-Fi 802.11a agora é Wi-Fi 2;
- Wi-Fi 802.11g virou Wi-Fi 3;
- Wi-Fi 802.11n mudou para Wi-Fi 4;
- Wi-Fi 802.11ac agora é Wi-Fi 5.
Esse ano de 2019 marca também o início do novo algoritmo que o Wi-Fi vai começar a adotar, sendo ele o 802.11ax, que receberá a nomenclatura de Wi-Fi 6, Apesar de novo, roteadores e smartphones já se encontram com o suporte à nova tecnologia, como a linha Galaxy S10, smartphones da Xiaomi e LG, entre outros.
O Wi-Fi 6 promete ser mais rápido, seguro, econômico e promete também suportar bem mais dispositivos conectados. Chegando ainda esse ano, o novo algoritmo deve suportar uma conexão de 9,6 GB/s e trabalhará nas frequências 2,4Ghz e 5Ghz.
Importância do Wi-Fi em nosso dia a dia
Não somente para enviar arquivos ou acessar redes sociais, o Wi-Fi tem um papel importante no nosso dia a dia como também na tecnologia que nos cerca. Seja por simplesmente ser um veículo de troca de dados através de uma conexão de rede sem fio e indo até para meios de segurança também.
Várias empresas como Microsoft, Apple, AT&T, Dell e até o próprio Google utilizam a frequência de troca de dados para fins de segurança, seja em monitoramento ou para troca de dados de um local para o outro.
Utilizando a tecnologia de WEP (Wired Equivalent Privacy, privacidade sem fio equivalente) inicialmente, um algoritmo de segurança que permitia que o usuário somente se conectasse a rede se ele preenchesse os requisitos necessários, como nome da própria rede e, é claro, uma senha, que deveria conter entre 10 e 24 dígitos hexadecimais.
Porém, em 2003, a Wi-Fi Alliance anunciou que o método de segurança WEP estava obsoleto e que seria substituído pelo WPA (Wi-Fi Protected Access, acesso protegido da rede sem fio) que deu inicio ao sistema de segurança que depois de alguns anos acabou se tornando o WPA2 e o WPA3, o mesmo sistema de segurança mas em suas formas melhoradas. Ele é geralmente utilizado por padrões de segurança em dispositivos com funções de Wi-Fi hoje em dia.
Em 2018, foi adotado um sistema de segurança chamado de TKIP (Temporal Key Integrity Protocol, algo como protocolo de integração de chave de segurança), além de, é claro, o padrão WPA3, que esconde a chave encriptada do dispositivo, fazendo assim com o que o dispositivo com o novo algoritmo e protocolos de segurança sejam praticamente inacessíveis através de terceiros, a não ser fisicamente.
A rede Wi-Fi por mais que esteja no “ar” e de certa forma livre para ir onde quiser, ela é tão reforçada quanto uma senha no sistema operacional do seu computador. Então não se preocupe, graças ao Wi-Fi, seus dados estão seguros onde quer que eles estejam e para onde quer que eles sejam enviados!
É claro que também precisamos mencionar as empresas que utilizam da frequência e de seu algoritmo para venderem seus próprios equipamentos customizados, como a Cisco, D-Link, e a HP. E obviamente estamos falando dos transmissores de rede sem fio, os Roteadores.
Roteadores são dispositivos que já ficaram tão comuns quanto celulares ou computadores mas que definitivamente não ganham a atenção devida que merecem. Tendo um papel importante em um ambiente de rede, esses hardwares são responsáveis por propagar a tecnologia do Wi-Fi em todo lugar onde vamos, não importando o tamanho.
A conectividade é a chave para o crescimento e o Wi-Fi é a ponte que nos liga
Durante anos o Wi-Fi esteve presente em nossas vidas, crescendo e evoluindo, assim como nós mesmos. Através da conectividade, nos ligamos uns aos outros, fazemos parte da vida de cada um e devemos parte disso a ele.
Não somente nos proporcionando uma conexão de rede sem fio e uma segurança de ponta que está sempre evoluindo, mas também por nos manter conectados, não importa onde estamos. Seja para a troca de arquivos ou dados, o Wi-Fi está por todo lado, onde quer que você vá. Parabéns pelos 20 anos!
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