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Desde o final de 2022, muitas empresas de tecnologia vêm realizando demissões em massa com a justificativa de que o setor passa por grandes problemas e uma reestruturação no quadro de colaboradores se faz mais do que necessária. Não demorou muito tempo para que 12 mil funcionários do Google recebessem um e-mail com a notícia de que não fazem mais parte da parcela de pessoas contratadas pela Alphabet.
A Microsoft foi no mesmo caminho, e realizou o desligamento de 10 mil colaboradores durante a terceira semana de janeiro de 2023. Entenda os detalhes deste fenômeno.
Funcionários do Google receberam e-mail anunciando demissão
Com a justificativa de que precisa realizar uma reestruturação em larga escala em meio à uma diminuição de demandas em escala global, a Alphabet, que controla o Google, anunciou que 12 mil funcionários serão demitidos. Pessoas que não fazem mais parte do quadro de colaboradores da empresa receberam um e-mail de Sundar Pichai, CEO da Alphabet, citando que a empresa irá reduzir sua força de trabalho em 6%, segundo a Reuters.
Decidimos reduzir nossa força de trabalho em aproximadamente 12 mil empregos. Os postos que estamos removendo refletem o resultado dessa revisão. O fato de essas mudanças terem um impacto na vida dos ‘Googlers’ pesa muito sobre mim e assumo toda a responsabilidade pelas decisões que nos trouxeram até aqui.
Sundar Pichai, CEO da Alphabet
Diversos setores foram afetados pela demissão em massa e quem cuida de recrutamento, funções corporativas, e equipes de engenharia e produtos faz parte da parcela de quem recebeu o e-mail que anuncia o desligamento. Nos EUA, as demissões possuem efeito imediato e as pessoas já deixaram de trabalhar. Em demais países, o processo deve levar mais alguns dias devido às leis trabalhistas locais. Mas é certo: o corte aconteceu e os escolhidos já não são mais “googlers“.
Fizemos uma revisão rigorosa em todas as áreas de produtos e atividades para garantir que nosso pessoal e nossos cargos estejam alinhados com nossas prioridades mais importantes como empresa.
Sundar Pichai, CEO da Alphabet
Outras empresas de tecnologia foram no mesmo caminho do Google
O grande fenômeno de cortes de funcionários nas big techs começou com o Twitter, logo após Elon Musk se tornar o acionista majoritário da rede social do passarinho. Em novembro, ele anunciou que 3.700 seriam demitidas como uma parte do processo de reestruturação da empresa que havia acabado de assumir. No Brasil, 150 pessoas perderam o emprego no Twitter.
Ainda em novembro, a Amazon foi outra empresa que demitiu uma parcela de seus colaboradores. De uma só vez, cerca de 10.000 funcionários da grande empresa que atua em diversos segmentos perderão seus empregos durante a terceira semana de novembro de 2022. Os setores de dispositivos (incluindo o que cuida de novidades sobre os dispositivos Echo e Alexa), divisão de varejo e recursos humanos foram afetados. O número corresponde a 1% dos mais de 1,5 milhão de colaboradores que a empresa possui em todo o mundo.
A Meta, também em novembro, também demitiu uma parcela de seus colaboradores: 11 mil pessoas se viram ficando sem emprego, número que representa 13% do quadro total de colaboradores da companhia. Mark Zuckerberg citou em um comunicado que a ação drástica faz “parte do plano para tornar a empresa mais enxuta e eficiente, cortando gastos e estendendo a pausa nas contratações até o primeiro trimestre de 2023“.
A empresa mais recente que fez demissões foi a Microsoft, que na mesma semana em que uma parte dos funcionários do Google foram demitidos, anunciou o plano de desligar 10 mil pessoas até o terceiro trimestre do ano fiscal de 2023, que acontece entre abril e junho.
A justificativa da criadora do Windows foi a mesma das outras empresas de tecnologia: “otimização de gastos para uma melhor entrega de demandas sem a necessidade de um grande quadro de funcionários”, citou Satya Nadella, presidente-executivo da companhia. O número corresponde a 5% do quadro total de colaboradores da Microsoft. Confira a tabela com as empresas, número de funcionários e porcentagem de acordo com o quadro total:
Empresa | Número de demissões | Porcentagem no quadro de funcionários |
3.700 | 75% | |
12.000 | 6% | |
Meta | 11.000 | 11% |
Amazon | 10.000 | 1% |
Microsoft | 10.000 | 5% |
Salesforce | 9.000 | 10% |
Carvana | 1.500 | 8% |
Cisco | 4.100 | 5% |
DoorDash | 1.250 | 6% |
Stripe | 1.000 | 14% |
Você acha que mais setores podem sofrer demissões em massa? Diga pra gente nos comentários!
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Com informações: Reuters
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