O serviço de streaming de músicas Grooveshark foi desativado nesta quinta-feira (30). Segundo uma nota publicada no site, a decisão faz parte de um acordo de “rendição” firmado com gravadoras – entre as quais, Universal Music, Sony Music e Warner Music – fechado durante um processo judicial.
O Grooveshark vinha enfrentando as gravadoras desde 2009, sob a acusação de distribuição ilegal de material protegido por direitos autorais. O juiz Thomas P. Griesa declarou que o serviço distribuiu, intencionalmente e com má fé, 4.907 músicas não licenciadas.
A violação dos direitos autorais poderia condenar a empresa a pagar até US$ 736 milhões (mais de R$ 2,2 bilhões). O valor seria estabelecido pelo pagamento de US$ 150 mil por cada uma das músicas oferecidas de forma considerada ilegal no site.
Para fugir da condenação, o Grooveshark foi obrigado a aceitar os termos do acordo, que incluem encerrar o serviço, fechar contas em redes sociais, pedir desculpas publicamente e, ainda por cima, recomendar alternativas online que oferecem streaming de música de maneira legal.
Desde ontem (30/04), o site do Grooveshark exibe apenas o pedido de desculpas:
“Hoje estamos fechando o Grooveshark.
Nós começamos há quase dez anos com o objetivo de ajudar fãs a compartilhar e descobrir música. Mas, apesar das nossas melhores intenções, cometemos erros muito sérios. Falhamos em obter licenças dos detentores dos direitos da grande maioria das músicas oferecidas no serviço.
Isso não é correto. Pedimos desculpas. Sem reservas.
[…]Na época do nosso lançamento, poucos serviços de música tinham a experiência que queríamos oferecer, e que você merecia. Felizmente, este não é mais o caso. Existem hoje centenas de serviços acessíveis e dedicados a fãs disponíveis para você escolher, incluindo Spotify, Deezer, Google Play, Beats Music, Rhapsody e Rdio, entre muitos outros.”
Os serviços de streaming de música ganharam o mundo e superaram as vendas de mídias físicas pela primeira vez em 2014. A mídia digital foi responsável por US$ 6,85 bilhões (crescimento de 7% em relação ao ano passado), segundo dados da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica).
As gravadoras querem ainda impor restrições a planos gratuitos de streaming – limites mensais de uso, por exemplo – pois a renda gerada a partir desse modelo de negócios é baixa.
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