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Uma dúvida bastante comum, em especial para quem monta seus próprios PCs. Afinal, estamos falando de uma diferença de R$ 340 entre uma versão e outra. O que há de realmente diferente entre as versões Home e Pro do Windows 10? Vale a pena investir mais na versão mais cara? Antes, um pouco de contexto.
Windows vs Linux e MacOS
Vale começar dizendo que essa escolha é uma particularidade do Windows. As distros Linux não trazem diferenciação de recursos entre uma versão e outra. O Ubuntu, por exemplo, possui diferentes versões, mas isso acontece pela escolha do ambiente de trabalho, não de recursos. Ubuntu, Xubuntu, Lubuntu e Kubuntu são, essencialmente, o mesmo sistema, mas trazem ambientes diferentes (Unity, Xfce, LXDE e KDE, respectivamente).
O mesmo acontece com o MacOS. Ao comprar um Mac, ele já está incluso no preço, sendo exatamente o mesmo sistema para todos os produtos (do Mac Mini ao Mac Pro). Há sim uma versão Server do sistema, mas ela tem um papel diferente, assim como o Windows Server da Microsoft. Não é o caso do Windows, que diferencia suas versões para um mesmo público. Aliás, versões anteriores eram ainda mais segmentadas, com muito mais versões disponíveis.
Windows 7
No caso do Windows 7, que possui 6 versões, e tudo começa com a Starter. Criada especificamente para os netbooks (lembra deles?), ela só estava disponível em 32 bits, não suportava o Windows Aero e permitia o uso de somente 3 programas ao mesmo tempo. Não era possível comprá-la, já que ela vinha pré-instalada em máquinas mais básicas. A versão Home Basic adicionava a possibilidade de rodar mais de 3 programas simultâneos e estava disponível para máquinas 64 bits. Ainda assim, nada de Aero Glass, Aero Peek, Aero Snap ou suporte a multi-toque.
A partir da versão Home Premium, já era possível comprar o sistema, já que os dois acima só estavam disponíveis de forma pré-instaladas. O grande limitador era o suporte a, no máximo, 16 GB de memória RAM, o que não chegava a ser um grande problema na época (mas hoje é). Máquinas que necessitavam de mais deveriam usar a versão Professional (até 192 GB), mas a Home Premium já contava com o Aero, Home Group, Media Center e capacidade de trabalhar com DVDs.
Partir para a versão Professional garantia também recursos de redes e proteção de dados avançados, mais voltadas para usuários corporativos. Além disso, incluía criptografia embutida, DirectAccess e BranchCache. Depois dela, havia a versão Enterprise incluía ainda mais ferramentas, mais o Bitlocker, Applocker e DirectAccess, voltada para corporações de maior porte. Por fim tínhamos a Ultimate, que era, essencialmente, o Windows 7 Entreprise para consumidores, trazendo todos os recursos originalmente projetados pela Microsoft.
Windows 8/8.1 e Windows 10
A partir do Windows 8/8.1, as versões Home passaram a suportar um máximo de 128 GB de memória RAM, o suficiente para a grande maioria das máquinas comuns. O mesmo vale para a segmentação do Windows 10, que suporta até 2 TB de memória RAM nas versões Pro. Mais do que isso, suporta virtualização de forma nativa (Hyper-V), o Bitlocker (criptografia de discos), Remote Desktop Connection (gerenciamento remoto de PCs) e capacidade de trabalhar com domínios de rede. Há alguns outros detalhes, mas essas são as principais diferenças entre as versões Home e Pro.
Vale a pena pagar mais pela versão Pro?
Vale um pequeno comentário aqui. Com exceção da quantidade de memória RAM, é possível usar ferramentas de terceiros que têm o mesmo papel da versão Pro. Muitas delas são, inclusive, gratuitas. A diferença é que estas ferramentas não são integradas no sistema, além de exigir uma curva de aprendizagem para dominá-las. Mas é uma questão de avaliar se os R$ 340 a mais da versão Pro em relação à Home se justificam.
Fontes: Techquickie, PC World
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